A ex-assistente de palco do “The Noite”, Juliana Oliveira, que acusa Otávio Mesquita de estupro, detalhou o caso e afirmou que chegou a ser trancada no banheiro pela produção do programa para não encontrá-lo. O pronunciamento foi feito nas redes sociais da comediante.
Segundo Juliana, Otávio Mesquita passou a mão em suas partes íntimas, sem seu consentimento, durante a gravação do programa em 2016. A comediante entrou com uma representação criminal contra o apresentador no Ministério Público.
“O cara já chegou com as duas mãos na minha bunda, no meu peito. Eu dei um ‘chega para lá’ nele, só que ele não parava. Quando ele desvirou, foi pior ainda, ele me agarrou à força. Aquilo ali foi uma violência. Ele me agarrou à força, até a minha cabeça no meio das pernas ele colocou”, disse.
Juliana disse, também, que a produção do programa ignorou suas queixas que, de acordo com ela, foram feitas desde o primeiro momento. Após o episódio, Mesquita não foi mais convidado ao “The Noite”.
“Otávio Mesquita invadia o ‘The Noite’ e eu era trancada no banheiro como se a errada fosse eu, como se a culpada fosse eu, como se a criminosa fosse eu”, disse.
No relato, Juliana Oliveira afirmou que ficou “por muitos anos trancada no banheiro”. “Fui começar a entender de fato o que aconteceu comigo em 2020. quando eu vi o Danilo defendendo a Dani Calabresa do Marcius Melhem na internet”, relatou.
“Eu fiz uma denúncia para uma empresa comandada por mulheres e nem mesmo elas me ouviram. Só fui à Justiça porque o SBT não fez absolutamente nada”, continuou.
Entenda
Em programa gravado em abril de 2016, Otávio Mesquita desceu ao palco de ponta-cabeça fantasiado de “Batman”. O combinado seria que Juliana ajudasse o apresentador, Danilo Gentili, a desvirá-lo e retirar o equipamento de segurança, o que teria sido ensaiado.
Porém, Mesquita teria apalpado o corpo de Juliana. “Não contente com isso, ele ainda volta para o meio do palco para falar sobre o meu corpo. Aquilo não foi consentido”, disse.
Nas imagens é possível ver a ex-assistente de palco reagir dando tapas e chutes em Mesquita. A defesa dela afirma que ela demonstrou contrariedade com a ação e tentou se desprender do abuso.
“Desde 2009, a lei penal considera que a prática de atos libidinosos mediante violência configura estupro, ainda que não haja penetração, havendo casos em que a denominada ‘contemplação lasciva’ é suficiente para caracterizar estupro”, afirma o advogado Hédio Silva Jr. ao portal G1.
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