Ataque do Paquistão contra a Índia deixa 12 mortos; arsenal nuclear dos países preocupa

Um ataque do Paquistão na região da Caxemira, controlada pela Índia, deixou ao menos 12 mortos e 38 feridos, segundo autoridades locais. O ataque aconteceu no distrito de Poonch após o Paquistão afirmar que revidaria ofensivas indianas.

Na terça-feira, 6, a Índia informou que atacou nove alvos paquistaneses, mas o ministro da Defesa do país afirma que não houve civis entre os mortos. O Paquistão, por sua vez, negou o número de mortos no ataque da Índia subiu para 26. Outras 46 pessoas ficaram feridas.

Os países são inimigos históricos e possuem armas nucleares.

De acordo com a agência Reuters, os ataques fizeram com que companhias aéreas asiáticas mudassem rotas e cancelassem voos que passavam pelo local. Cerca de 52 voos para o Paquistão foram cancelados.

Segundo o governo da Índia, a operação atingiu a infraestrutura de terroristas abrigados pelo país vizinho e suas ações “são precisas, comedidas e não escalatórias em sua natureza”. Esta seria resposta a um ataque terrorista na Caxemira indiana que deixou 26 mortos no último dia 22.

“Nenhuma instalação militar paquistanesa foi alvo. A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução”, diz comunicado do governo.

“A inteligência e o monitoramento de células terroristas baseadas no Paquistão indicaram que novos ataques contra a Índia eram iminentes, portanto foi necessário realizar ataques preventivos e de precaução”, afirmou um porta-voz do país em coletiva de imprensa.

Armas nucleares

A Índia e o Paquistão possuem, respectivamente, o 6º e o 7º maiores arsenais nucleares do mundo. Atualmente, nove países detêm armas do tipo. O arsenal global soma 12.331 ogivas.

De acordo com a Federação de Cientistas Americanos (FAS), a Índia possui 180 ogivas nucleares enquanto o Paquistão possui 170. As ogivas estimadas são classificadas como “em reserva/não implantadas”.

Ao portal G1, o especialista em política nuclear, Michelly Geraldo, explicou que mesmo com a escalada na tensão, a probabilidade de uso de armas nucleares é considerada baixa.

“Ambos os países ainda operam sob uma lógica de dissuasão nuclear mútua. […] obviamente que, se continuarem retaliando a cada novo ataque, estraremos em ciclo de escalada bastante perigoso e difícil de sair, fazendo com que cheguemos mais perto de um limiar nuclear. E o uso das armas nucleares, mesmo que táticas, no subcontinente extremamente populoso como esse da Ásia Meridional, traria consequências devastadoras., disse.

Além disso, as ogivas de Índia e Paquistão estão armazenadas, e não implantadas em lançadores, ou seja, não estão prontas para uso.

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