O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Bruno Peixoto (UB), repudiou publicamente, nesta quinta-feira, 22, as declarações feitas pelo deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) contra a deputada Bia de Lima (PT). A manifestação ocorreu durante sessão ordinária, um dia após Amauri acusar a parlamentar de pedofilia no plenário da Casa. “Ataques pessoais não serão tolerados”, disse Bruno Peixoto.
Peixoto anunciou que a representação apresentada por Bia de Lima será encaminhada ao Conselho de Ética da Alego. “Deputada, nós estaremos encaminhando para o Conselho de Ética a sua representação para que sejam tomadas as providências cabíveis, pois é um direito regimental desta Casa”, destacou.
O presidente também fez um apelo pelo respeito mútuo entre os parlamentares. “Nós deputados e deputadas a respeitamos e jamais aceitaríamos qualquer desrespeito. O embate entre direita e esquerda nas ideias é totalmente plausível e salutar. Não aceitaremos, seja da parte de quem quer que seja, ataques pessoais nesta Casa”, reforçou Peixoto.
Bruno elogiou a postura da deputada petista e defendeu seu caráter. Segundo ele, a fala de Bia de Lima, que originou o ataque, foi feita em tom de descontração durante uma entrevista. “Foi um momento espontâneo, inclusive com empatia com a apresentadora. Eu mesmo brinquei dizendo: ‘eu não sabia dessa sua preferência’, mas foi claramente em tom de brincadeira”, explicou.
Peixoto também lamentou os prejuízos ao funcionamento da Assembleia causados pelo conflito. “Duas sessões já foram interrompidas em razão dos debates acalorados. Isso prejudica os trabalhos da Casa e não podemos permitir que se repita”, concluiu.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é presidido por Antônio Gomide (PT).
Entenda o caso
O ataque de Amauri Ribeiro ocorreu durante sessão plenária na quarta-feira, 21, após entrevista de Bia de Lima a uma emissora de rádio, em que a deputada afirmou gostar de se relacionar com homens mais jovens. Amauri classificou a fala como “desrespeitosa” e, de forma ofensiva, usou expressões como “papa-anjo” e “pedófila”, alegando que o termo “novinhos” seria usado por criminosos.
“Se referir a crianças como ‘novinhos’. Papa-anjo é o termo usado por pedófilos. A senhora citou que gosta de novinhos. Acho um desrespeito”, declarou o parlamentar.
Durante a entrega da representação ao Conselho de Ética, Bia de Lima reiterou que não aceitará mais ser desrespeitada e pediu um basta às agressões pessoais dentro da Assembleia.
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