Alexandre de Moraes concede liberdade à Valdemar Costa Neto após 3 dias de prisão em Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória ao presidente nacional do PL. Valdemar Costa Neto havia sido preso após a Polícia Federal encontrá-lo com uma arma ilegal e também com uma pepita de ouro na última quinta-feira, 8 de fevereiro. Ele foi solto nesta noite de sábado, 10.

Segundo Moraes, “algumas circunstâncias específicas devem ser analisadas, uma vez que o investigado é idoso, tendo 74 anos, e não teria cometido os crimes com violência ou grave ameaça, tendo sido os objetos encontrados dentro de sua residência, no momento do cumprimento de mandado de busca e apreensão”.

Valdemar entrou na mira da Polícia Federal porque, segundo os investigadores, usou dinheiro do Partido Liberal (PL) para reforçar a falsa narrativa de fraude nas urnas. E, com isso, tentar legitimar as manifestações de bolsonaristas que começavam a se espalhar próximo a instalações das Forças Armadas, após o segundo turno das eleições de 2022.

Segundo a PF, o partido foi “instrumentalizado”. O ponto alto da estratégia foi a ação movida pelo partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar anular os votos de 279,3 mil urnas eletrônicas alegando que houve “mau funcionamento” do sistema. O partido foi multado por “má-fé”.

Após o segundo turno, o PL pediu uma “verificação extraordinária” das urnas usadas na eleição. O partido afirmou, sem provas, que houve “quebra de confiabilidade dos dados extraídos” de parte dos aparelhos. A versão era a de que Bolsonaro teria conquistado a maioria dos votos, porém acusaram as urnas de modelos lançados antes de 2020 de serem manipuláveis, o que não é real.

A defesa de Costa Neto afirmou que a posse da pepita “não configura delito, segundo a própria jurisprudência”. Além disso, em nota, também afirmou que a arma é registrada e tem uso permitido, mas pertence a um parente próximo e foi esquecida muitos anos atrás no apartamento dele.

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