Brasileiro que inventou o Spray no futebol ganha indenização milionária da FIFA

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Após uma longa batalha judicial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou a Federação Internacional de Futebol (FIFA) a indenizar o brasileiro Heine Allemagne em R$ 200 milhões. Ele venceu processo contra a Fifa pela criação do spray utilizado para marcação em cobranças de falta.

O mineiro de Ituiutaba entrou com um processo contra a principal entidade do futebol em 2017, solicitando uma indenização milionária por má-fé e uso indevido de sua invenção. Nesta terça-feira, 14, o Superior Tribunal de Justiça determinou que sua empresa, Spuni Comércio de Produtos Esportivos, será ressarcida. 

A expectativa é que Heine receba aproximadamente 40 milhões de dólares (equivalente a R$ 206,5 milhões na cotação atual). A decisão foi unânime, com cinco votos favoráveis dos ministros. Os magistrados julgaram que a Fifa agiu de maneira irregular ao impedir que o brasileiro negociasse sua patente.

“Esse projeto começou na Taça BH, onde o América se sagrou campeão com um gol de falta aos 45 minutos do segundo tempo, provando que essa técnica poderia ser decisiva e até mesmo determinar o resultado de uma final de Copa do Mundo. Na época, Osmar Camilo era o presidente da arbitragem de Belo Horizonte e acolheu esse projeto como uma experiência inovadora para o futebol, que acabou ganhando reconhecimento mundial,” afirmou.

“Esta vitória não representa apenas 23 anos de luta, mas também uma conquista técnica, pois o spray revolucionou o futebol mundial. Significa ter superado a FIFA, que tentou anular as patentes e questionar quem era o inventor. Eu venci a FIFA. É uma decisão que eu chamo de final de Copa. A vitória veio com o reconhecimento completo, foi 5 a 0 contra a FIFA. Foi necessária muita perseverança”, detalhou Heine.

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