Taxa de analfabetismo de pretos e pardos em Goiás é mais que o dobro das dos brancos, diz Censo

Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que a taxa de analfabetismo de pretos e pardos em Goiás é mais que o dobro da dos brancos. Os dados apresentados nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Estatísticas (IBGE) revela, no entanto, que o percentual de pretos analfabetos em Goiás é menor que a média nacional.

A taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade, em Goiás, era de 4,3% e de 3,4%, respectivamente, enquanto a taxa de analfabetismo de pretos, pardos e indígenas com 15 anos ou mais de idade era de 8,7%, 5,7% e 8,8%, respectivamente.

Entre os municípios goianos, destacam-se Mimoso de Goiás e Cumari, que apresentaram taxas de analfabetismo entre as pessoas de cor preta em 34,7% e 31,3%, respectivamente.

Em Goiás, havia 5,6 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, das quais 5,3 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 308,7 mil não sabiam sequer ler e escrever um bilhete simples. Assim, a taxa de alfabetização no estado foi 94,5%, sendo a oitava maior do país, e, consequentemente, a taxa de analfabetismo foi 5,5% deste contingente populacional, 1,5 ponto percentual menor que a taxa nacional.

Desde o primeiro Censo no Brasil, em 1872, o tema é investigado. Em 1940, menos da metade da população (44,0%) era alfabetizada. Já em 2022, havia, no país, 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, das quais 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização foi 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi 7,0% deste contingente populacional.

A desigualdade na Educação segue também no recorte por idade. As pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade tiveram as menores taxas de analfabetismo, 4,3% e 2,5%, respectivamente. Já as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena do mesmo grupo etário tiveram taxas de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.

Analisando-se as taxas por idade e cor ou raça, o analfabetismo para pretos e pardos atingiu valores acima de 2% a partir da faixa etária de 25 a 34 anos de idade, enquanto para brancos isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos. A diferença entre brancos e pretos atinge seu valor máximo para o grupo de 65 anos ou mais (20,9 p.p.).

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