9 erros que podem impedir a vitória de Sandro Mabel em Goiânia

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O cidadão comum não precisa se preocupar tanto com a opinião alheia. Mas o político, representante dos cidadãos, precisa prestar atenção no que dizem. O pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo União Brasil, Sandro Mabel, ao trocar sua fotografia nas redes sociais, como o Facebook, colocou uma foto na qual aparece com os braços cruzados. Ora, neste momento, com lixo nas ruas, mobilidade urbana deficiente e ruas precisando de recapeamento, a cidade necessita de um candidato a prefeito que descruze os braços. A “mensagem” do postulante do UB não foi, digamos assim, amigável, empática. Parece que ele não costuma ouvir com atenção as orientações de quem entende do assunto. Faz o estilo “sabe-tudo”.

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Nas entrevistas, Sandro Mabel tem dito que sua pré-candidatura a prefeito de Goiânia resulta de um “sacrifício” pessoal, sugerindo que sua mulher não queria. Se é assim, os eleitores poderão dizer: “Volte para casa, Padilha!”. Qualquer marqueteiro de corrutela sabe que o empresário deveria dizer outra coisa: “Será um prazer administrar Goiânia”. Ele precisa amar a cidade — assim como Iris Rezende e Nion Alvernaz amavam.

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Sandro Mabel parece, ao menos no momento, mais interessado em conquistar as elites e, por isso, vive se encontrando com empresários. É um equívoco. Ele precisa manter mais contato com a sociedade e, sobretudo, com o povão — quem realmente elege prefeito —, nos bairros. O pré-candidato do UB precisa, urgente, de um banho de povo. A imagem atual é outra: a de que é “o” candidato dos poderosos.

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De fato, o maior general de Sandro Mabel é o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil. Porque ele é muito bem avaliado na capital. Mas o postulante do UB tem de dizer que é o candidato da cidade, de seus cidadãos. Precisa criar identidade com os eleitores.

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Ao contrário de Gustavo Gayer, Adriana Accorsi e Vanderlan Cardoso, o postulante do UB é mais comentado não por si, e sim por sua estrutura. Precisa mesmo manter a ideia de que há um exército poderoso a apoiá-lo, mas seu marketing precisa alçá-lo à altura do comando do exército. Senão ficará, no imaginário coletivo, como um candidato mignon de uma estrutura gigante. Ele não pode ficar caracterizado como o Vilmar Mariano de Goiânia. Até porque não é.

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O candidato a prefeito não pode ser o seu próprio coordenador político. Então, Sandro Mabel precisa, com certa urgência, de uma pessoa que assuma o papel de coordenador político. Alguém do estofo de Bruno Peixoto — uma figura agregadora, com ligações com a sociedade. É provável que Bruno Peixoto saiba o nome de todos os pastores e padres do Jardim América. Outro coordenador eficiente poderia ser Marcos Roberto, o vice-presidente da Celg. Ele é alinhado com a maioria dos políticos da capital, por ser diplomático, agregador e acessível.

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Parece que Sandro Mabel está na expectativa de retirar a postulação de Vanderlan Cardoso, pré-candidato do PSD a prefeito, para então crescer. Pode ser um equívoco. Porque, se o senador não sair do páreo, a expectativa do pré-candidato do UB pode se reduzir.

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O marketing de Sandro Mabel precisa atento a uma questão simples mas importante. O empresário é uma pessoa moderna, com amplo conhecimento do mundo. Porém, quando fala, parece não ter sintonia com seus contemporâneos. Parece um homem do passado vivendo no presente. Quando depreciou as mulheres, sugerindo que Ana Paula Rezende poderia ser vice, não por suas qualidades, e sim porque o marido, Frederico Peixoto Craveiro, é administrador, o empresário deu um recado: não está entendendo as mudanças que estão se processando no mundo atual.  

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Sandro Mabel ainda não cometeu o erro que vai se apontar a seguir. Mas, se escolher um vice com base em conveniências e conchavos políticos — ao estilo da disputa de 2020, em Goiânia —, poderá soçobrar. Vice pode até não ter muita importância em outras cidades, mas em Goiânia tem uma importância extrema, crucial. E todos sabem por quê. (E.F.B.)

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