Leonardo Rizzo: “Tenho uma trajetória de amor, carinho e cuidado por Goiânia; quero fazer a gestão da cidade que me acolheu”

Empresário de sucesso, reconhecido no meio cultural, dirigente e torcedor do Vila Nova, Leonardo Rizzo (Novo) se coloca como pré-candidato a prefeito de Goiânia. Aos 68 anos de idade, Rizzo lidera sua imobiliária há 46 anos, tendo vendido mais de 100 mil imóveis na carreira. Ele entrou na política pela primeira vez em 2022, quando foi candidato ao Senado. 

Em 2001, fundou o Instituto Rizzo, para lutar pelo tombamento da cidade de Goiás como patrimônio da humanidade pela UNESCO. Desde então, dedica-se a causas sociais, artes e meio ambiente. O pré-candidato alia a busca pela revalorização de Goiânia como centro cultural com uma visão moderna para a Capital.

Nesta entrevista ao Jornal Opção, Leonardo Rizzo afirma que seu sonho é retribuir o acolhimento que recebeu em Goiânia, guiando-a com eficiência e cuidado. O pré-candidato aponta que deseja fazer uma política voltada para a educação ao mesmo tempo que defende a responsabilidade fiscal. O economista diz que, apesar de não ter experiência política, está gabaritado para ocupar a Prefeitura por seu histórico de contribuição com a Capital.

Ton Paulo — Qual a relação do senhor com Goiânia? O que aprendeu em sua trajetória que pode auxiliar em sua pré-candidatura? 

Meu projeto é resgatar a alegria de se viver em Goiânia, com a valorização da beleza da cidade, das praças, dos monumentos históricos. Quando fundei minha empresa, em 1978, a cidade era um canteiro de obras. Ajudei a elaborar o Plano Diretor de 1992.  No ano 2001, criei o Instituto Rizzo, para preservar a cultura, o meio ambiente e a arte em Goiás. Participei da luta para tornar a cidade de Goiás um Patrimônio Cultural Mundial, reconhecido pela Unesco, e desde então tenho trabalhado para preservar tradições, estimular expressões artísticas e disseminar o legado cultural de Goiás. Fui em 2004 e 2005 o presidente do Vila Nova Futebol Clube. Então, tenho uma história muito ligada a Goiás e Goiânia. Acredito que aqui é o berço da arte, do esporte, da literatura, do entretenimento. É um centro geográfico e também cultural.

Ton Paulo — Comparando sua visão do potencial de Goiânia com a atual situação, marcada pela crise do lixo, como avalia as soluções propostas pela atual gestão?

Em parte, a primeira medida que o prefeito Rogério Cruz (SD) tinha de tomar já foi tomada, de fato — que é buscar uma solução emergencial para varrer, coletar e descartar lixo. O Consórcio Limpa Gyn vai resolver a situação nesse curto prazo, mas eu acho que outras medidas precisam ser tomadas. Goiânia só tem capacidade de lidar com seu lixo dentro dos próximos cinco anos, porque o aterro sanitário, que na prática é um lixão coberto, não é um centro de reciclagem. 

Os aterros sanitários privados já recebem lixo das prefeituras, porque a administração pública tem dificuldade de lidar com a demanda da reciclagem. Se estudou um consórcio entre prefeituras para resolver o problema, mas essa solução não deu certo. Agora, a Prefeitura de Goiânia planeja uma licitação para terceirizar pelo menos 40% do serviço de tratamento de resíduos da cidade para o setor privado. 

Leonardo Rizzo: “Sinto orgulho de minha trajetória de realizações por Goiânia. Fazer a gestão da Capital que me acolheu me daria muita honra” | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Temos estudos que mostram que se o aterro atual for privatizado e reformado de todas as formas possíveis, sua vida útil chega a, no máximo, 17 anos. Ou seja, não é muito atrativo para o setor privado participar só de 40% do processo. Na minha opinião, o ideal é que tudo seja privatizado.

Hoje, as cooperativas organizadas da cidade possuem galpões com uma esteira onde separam o lixo orgânico do que pode ser aproveitado, em uma triagem manual. O orgânico vai para o biodigestor, o plástico vai se tornar plástico granulado. Mas grande parte do que poderia ser aproveitado acaba sendo desperdiçado por falta de interesse financeiro. A parte líquida, o chorume, poderia ser aproveitado por empresas de fertilizantes; o gás poderia ser transformado em combustível para geração de energia, inclusive para mover os próprios caminhões de lixo. O fato é que o lixo precisa ser reaproveitado, não há outro caminho. Um consórcio envolvendo toda a região metropolitana poderia tratar o lixo como ele deve ser tratado.

Ton Paulo — O senhor esteve recentemente em São Paulo, em reunião com a cúpula do partido Novo: Luiz Felipe D’Ávila, Eduardo Ribeiro, Tiago Mitraud, Marina Helena, e outros. O que foi debatido nesta reunião?

Trocamos ideias sobre a eleição em São Paulo, onde Marina Helena é pré-candidata, e sobre o Novo. Nos apresentamos para a sociedade paulistana em uma reunião com pessoas expressivas da Capital paulista e falamos sobre alguns projetos para a cidade. Sempre que participo dessas reuniões, aprendo algo. O Luiz Felipe, presidente do Centro de Liderança Pública (CLP), uma organização sem fins lucrativos que busca desenvolver lideranças. O interessante do Novo é que os membros têm um alinhamento intelectual por suas causas. 

Ton Paulo — E quanto a articulação política entre Novo e outros partidos para fortalecer sua candidatura?

Não posso afirmar ainda. A verdade é que eu nem deveria ser o pré-candidato do Novo — o pré-candidato do partido era Sandro Mabel (UB). Conversei com Sandro Mabel quatro meses atrás e disse que ele preenchia os princípios que a gente estava querendo: um empreendedor com independência. Pelo desentendimento de pensamento que ele teve com o governador, ele passava uma ideia de independência valiosa para o partido. Mas, com os motivos dele, as coisas não caminharam como previsto. 

O Novo considera que ele fez um trabalho maravilhoso à frente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), investindo maciçamente na qualificação da mão de obra. Particularmente, acho que este é o único caminho que temos para atrair empresas. Então, Sandro Mabel preenchia aquilo que o partido buscava. Eu não pensava em ser pré-candidato porque tenho relação de trabalho com a Prefeitura de 50 anos, e nesse tempo nunca tive intimidade com o governo do município, apenas fiz parcerias públicas e privadas. 

Leonardo Rizzo é entrevistado por Júnior Kamenach e Ton Paulo | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Ton Paulo — Quais tipos de parcerias?

Minha empresa foi contratada pelo município para realizar empreendimentos no Setor Parque Los Andes, por exemplo. No Jardim do Cerrado, realizamos o maior empreendimento de baixa renda concentrado do Brasil, com 20 mil unidades, na saída de Trindade. Quando a Prefeitura faz um assentamento, ela leva infraestrutura, e isso facilita para que a gente possa desenvolver nossos projetos. Mas são relações comerciais, nunca participei da administração pública e não pretendia.

Ton Paulo — Novos assentamentos como estes são possíveis em Goiânia?

Não, o limite de Goiânia, de certa forma, já está bem definido. Não há como mudar muito, a não ser fazer pólos no Leste, Oeste, Norte e Sul da cidade. Tanto pólos para atrair empresas e trabalho nessas regiões, de forma que as pessoas não tenham de ficar atravessando a cidade no transporte para o trabalho, quanto centros de excelência nesses pólos, que atenderam os habitantes. Seriam centros de esporte, saúde e educação. 

Ton Paulo — Quando você chamou Sandro Mabel em nome do partido Novo, o que ele disse?

Sandro disse que não, que ele se casou recentemente, que estava contente pois ele tinha tempo de viver sua vida. Eu relatei a situação para o partido e eles responderam: “então o pré-candidato é você”. Fiquei surpreso. Eles disseram “Ninguém conhece Goiânia mais do que você; ninguém gosta de Goiânia mais do que você; ninguém conhece as melhores soluções para os problemas da cidade.”

Ton Paulo — Humberto Teófilo chegou a manifestar interesse de disputar a Prefeitura pelo Novo. Como foi a conversa dentro da sigla para decidir quem seria o pré-candidato?

O Novo é um partido liberal, democrático. Qualquer um que se filia no Novo pode dizer qeu quer ser candidato a governador. Essa pessoa tem de passar pra uma prévia, onde será selecionado. Entre querer e ser, há uma diferença muito grande no Novo. Há um processo seletivo pelo qual advogo, considero é muito bom.

Leonardo Rizzo: “A maior obra que a Prefeitura poderia fazer o empréstimo de R$ 710 milhões é colocar 9 mil crianças em creches” | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Júnior Kamenach — O partido fez uma pesquisa qualitativa para definir o perfil ideal para o vice da chapa. Quais resultados encontraram?

A pesquisa disse que, se o candidato a prefeito tivesse acima de 60 anos, o vice deveria ser jovem. Entrei na política com 65 anos e acredito que posso fazer muito por Goiânia. Mas não é preconceito, é que o eleitorado de Goiânia, por indignação com a morte de Maguito Vilela, tem essa exigência. A pesquisa revelou que o vice dever ser um jovem, com vontade de aprender, que tivesse os mesmos valores e princípios da cabeça da chapa.

A pesquisa qualitativa que fizemos revelou um perfil que, dentro dos quadros do Novo, existem três pessoas que se enquadram perfeitamente. O Novo tem quase 4 mil filiados no Estado todo, um quarto deles é extremamente preparado. A juventude é muito envolvida com tecnologia, inteligência artificial, e ávida por fazer a diferença. Uma coisa que me fascina muito dentro do Novo é como essa gente nova filiada tem pensamentos abertos. Isso é muito bonito. 

Dentro desse quadro, pensamos em partir para uma chapa pura. Temos pelo menos três bons nomes para a vice. É melhor não revelar os nomes ainda por uma questão de respeito aos processos internos do partido. Vamos terminar o plano de governo, que conta com uma auditoria da implementação do atual plano diretor, para vermos se tudo está ocorrendo de forma certa. Tudo isso deve ser finalizado até o final do mês. Faremos nossa convenção no dia 8 de junho, com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, já confirmada. A partir daí, podemos divulgar nomes.  

Ton Paulo — As pesquisas qualitativas têm ditado muito os rumos da política. Se diz que o goianiense quer hoje para a Prefeitura um gestor. Nesse perfil, se encaixam o senhor, o Sandro Mabel e Vanderlan Cardoso (PSD). Qual o diferencial do senhor em relação aos outros dois?

Acredito que eu tenho uma relação mais significativa de amor, carinho e cuidado por Goiânia. Ninguém pode ir contra a história real: tenho uma trajetória de realizações por Goiânia, mesmo na iniciativa privada. Esse envolvimento é tudo. Participei da concepção do novo Paço Municipal, no Park Lozandes; fiz empreendimentos no Jardim Goiás sem nunca comprar uma unidade lá. 

Nunca comprei uma unidade nessa área onde empreendi, porque a minha missão era ser gestor de bens que foram confiados a mim. Eu sinto orgulho de tudo isso, de ter mudado Goiânia. A vida foi muito generosa comigo, e por essa gratidão com o povo goianiense eu me coloco à disposição. Ao mesmo tempo, partilho dessa ingratidão que o eleitorado sente. 

Me honraria muito, depois de 50 anos como empresário, 68 anos de vida, ser responsável pelo que é público pela primeira vez. Fazer a gestão da Capital que me acolheu duplamente é uma tarefa que encaro com muita dignidade — nasci em Goiás Velho, antiga capital de Goiás, mas vim para Goiânia e tenho muita vontade de trabalhar para mostrar que sou grato à atual Capital.

Ton Paulo — E em termos de gestão, o que o prefeito Rogério tem acertado e errado na condução da cidade hoje?

Não gosto de julgar as pessoas, mas eu acho que Rogério errou a partir do momento que ele abdicou do direito de conduzir a cidade. A administração da cidade hoje é toda loteada. Quando você tem um problema no município, você sabe com qual vereador você tem de falar para resolver o seu problema. O poder da decisão saiu do Paço Municipal para a Câmara. Esse é o caos. A escolha do secretariado, que começou a ser trocado novamente com base em seu projeto de reeleição, é uma falha pavorosa. Por quais critérios esses profissionais assumem pastas importantes como a educação?

Digo isso com muita tristeza. Em nosso jeito de governar, nós não vamos ter nem um secretário que não seja escolhido por meritocracia. Vai ser um choque. Os vereadores vão aceitar? Eu não sei, mas os vereadores de hoje podem não ser os vereadores de amanhã. Gostaria, se for eleito, de lidar também com novos vereadores, que enxergam a cidade de forma diferente. A sociedade não pode esperar mudança com a mesma receita de sempre.

Leonardo Rizzo: “Se existe uma direita real no Brasil, é a do Novo. É um partido liberal, coeso, que vota sempre de acordo com seus princípios” | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Ton Paulo — Mas o senhor conseguiria estabelecer um diálogo com o Legislativo dessa forma?

Por que não? Neste cenário, eles foram eleitos como eu. Nós vamos sentar na mesa e discutir. Eu diria “fomos eleitos, agora temos de governar; estão aí os problemas, o que podemos fazer para resolvê-los?” Uma vez com esse entendimento, a máquina pública vai render duas vezes o que rende hoje. Goiânia tem muito dinheiro para transformar a cidade, para cumprir todo o planejamento de governo que foi prometido aos eleitores.

Ton Paulo — Na hipótese de sua vitória, o senhor já vai assumir o governo municipal com mais de R$ 700 milhões em débito em um empréstimo. Como analisa as contas públicas da cidade?

Esses R$ 710 milhões em empréstimos não são necessariamente ruins. Podem ser um investimento. A maior obra que eu vejo que a Prefeitura poderia fazer com esse fundo é colocar 9 mil crianças em creches, pra estudar. Você quer economia melhor do que essa? Você estaria alfabetizando 9 mil crianças, dando condições de que seus pais trabalhem tranquilamente. Nessas condições, o empréstimo se pagaria.

Criança bem alfabetizada, aos 10 anos de idade começam a melhorar os indicadores da educação no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) mundial. Com uma segunda língua e dominando matemática, vão se tornar jovens que trarão contribuições como mão de obra qualificada. Mas, se nós perdemos essa janela de oportunidade e falhamos em dar educação diferenciada para essas crianças de 1 a 6 anos, vamos colher os maus resultados por muito tempo. Tudo que podemos fazer por elas depois disso é enxugar gelo. 

Ton Paulo — No caso de acontecer um segundo turno e, hipoteticamente, o senhor ficar de fora. Com quem o senhor formaria uma aliança entre os pré-candidatos que estão colocados?

Certamente com o candidato da direita. No Brasil, a única direita real mesmo é a do partido Novo. Se existe uma direita no Brasil, é o Novo. É uma direita liberal, coesa, que vota sempre de acordo com seus princípios. Você pode ver as declarações do Zema em Minas Gerais e do Adriano Silva em Joinville — seguem o mesmo pensamento. O partido tem muita coerência. 

De modo geral, gosto de Gayer (PL), Vanderlan Cardoso e Sandro Mabel. Não conheci Gayer pessoalmente, mas acredito que é um jovem corajoso, destemido, focado. Essas coisas me fascinam. Como pré-candidato, não cheguei a conversar com ele, pois essa é uma decisão do diretório estadual. Hoje é permitido, dentro do Novo, fazer coligações, mas essas coisas não cabem a mim; é uma decisão coletiva. 

Leonardo Rizzo: “Quero resgatar a alegria de se viver em Goiânia, com a valorização da beleza da cidade, das praças, dos monumentos históricos” | Foto: Leoiran / Jornal Opção

Júnior Kamenach — O senhor não teme uma pulverização dos votos entre os diversos pré-candidatos da direita?

Todas as pesquisas indicam que ninguém vai levar as eleições no primeiro turno. Seria um cenário muito improvável. Então, acho interessante aproveitar o cenário para expor nossas ideias e dizer para que viemos. Compor conosco é muito simples: o Novo não compõe por cargos, compomos por ideias. Qual é o nosso objetivo? Cumprir nosso ideal. A nós, não é permitido o direito de nos estabelecermos na luxúria do poder. Queremos representar a força desse eleitorado que concorda com nossas ideias. 

Além disso, nas eleições proporcionais, temos pretensão de fazer representantes na Câmara Municipal. Estamos hoje com 380 pré-candidatos a vereador no estado todo, além dos 14 pré-candidatos a prefeito em Goiás. Nossos nomes para o Legislativo estão muito fortes, com o Levi Rafael, o Paulo Vitor Marques, o Professor André, a Lenina Ribeiro — todos pontuando bem.

Ton Paulo — Como está o diálogo entre o Novo e o governador Ronaldo Caiado (UB)? Há possibilidade de composição no futuro?

Por que não? Temos mais pontos de concordância com o governador do que discordâncias. Precisamos reconhecer o bom trabalho de Ronaldo Caiado. Acredito que haja uma admiração mútua entre nós. Por conhecê-lo há quase 50 anos, existe um reconhecimento do trabalho de cada um. Não temos essa dificuldade de dialogar. 

Nosso partido também tem um grande governador, que é Romeu Zema, em Minas Gerais. Ele virá à Goiânia no dia 8 de junho, e todos nós advogamos pela aproximação entre Goiás e Minas. São estados vizinhos, que sempre precisam colaborar. Eles devem se reunir, e há muita afinidade entre as pautas de ambos. Se Goiás estiver junto com Minas e São Paulo, podemos fazer toda a diferença para a União. O ideal é partirmos juntos — Goiás representando o Centro-Oeste, que acredito que será a região eixo para o progresso do Brasil nos próximos 50 anos. 

Ton Paulo — Zema pode ser candidato à Presidência da República em 2026. O senhor vai apoiar Zema ou Caiado?

Eu trabalho por uma dobradinha dos dois. Goiás tem de estar colado com Minas e São Paulo. Temos representantes de excelência nesse eixo: Caiado, Zema, Tarcísio de Freitas (Republicanos). São gestores que já mostraram ao que vieram, e possuem concordâncias mútuas. O que idealizo para o Brasil em 2026 é que a direita esteja unida para vencer.

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