Goiás não é autossuficiente em produção de arroz, diz Seapa

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz no Brasil e representa mais de 70% da produção total. Com a tragédia provocada pelas enchentes, surge também a preocupação em relação à agricultura, especialmente com as lavouras desse grão.

Diante dessa preocupação, diversas entidades garantiram que não faltará arroz no país. De acordo com a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), neste ano, a colheita de arroz no RS supera 80% da área plantada, e o que foi colhido apresenta boa qualidade e produtividade.

Pouco arroz

Questionada pelo Jornal Opção, a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa) admitiu que o estado não tem autossuficiência em relação à produção de arroz e precisa do grão de outros estados para abastecer a população. No entanto, com novos cultivares e aumento da área plantada, há previsão de que Goiás poderá se tornar autossuficiente nos próximos anos, segundo o órgão.

Área maior

Para a safra 2023/24, Goiás registra 25,3 mil hectares cultivados com arroz, o que representa um aumento de 73,3% em relação à safra anterior. O estado tem uma estimativa de 126,0 mil toneladas para a safra 2023/24, ou seja, aumento de 54,4% em relação ao ano passado.

Deste total, 93,3% da produção é de arroz irrigado, com predominância dos sistemas de inundação e pivô central. Há uma tendência de aumento na produção em sequeiro. Goiás ocupa o oitavo lugar no ranking nacional de produção de arroz, informa a Seapa.

A produção goiana de arroz atende ao consumo interno e as indústrias locais. Segundo a Seapa, a produtividade média nesta safra é de 5,0 toneladas por hectare, 10,9% menor que no período anterior, principalmente devido à escassez hídrica nas áreas de sequeiro no início da cultura.

Principais municípios produtores no Estado:

1. Flores de Goiás: 60,2 mil toneladas
2. São Miguel do Araguaia: 26,3 mil toneladas
3. São João d’Aliança: 15,6 mil toneladas
4. Piracanjuba: 1,5 mil toneladas
5. Formosa: 533 toneladas

   *Fonte: Conab.

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