Greve: Sindicato dos servidores técnicos administrativos realiza manifestação por salário e reestruturação de carreira

O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFESgo) realiza na manhã desta terça-feira, 28, uma manifestação em defesa de melhores condições de trabalho da categoria. O ato se concentrou no Hospital das Clínicas da UFG, no setor Universitário, e partiu em direção a Praça do Bandeirante, no Centro. 

Servidores técnicos administrativos estão em greve em vários estados brasileiros. Em Goiás, a paralisação começou no dia 11 de março e pede recomposição salarial e reestruturação de carreira. “Todos nós ficamos os últimos sete anos sem reajuste salarial, com os salários congelados”, explicou Fernando Cesar Mota, coordenador geral do SINT-IFESgo e servidor da Universidade Federal de Goiás (UFG). 

“Mostrar para a população e para os políticos a movimentação para que traga uma solução e a gente possa encerrar o quanto antes nossa greve”, sintetizou Fernando. 

Cronologia da greve

Em outubro de 2023, a primeira proposta feita pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnicos Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) pediu reajuste na casa dos 117%. A primeira rodada de negociações com o Executivo Federal aconteceu apenas no início de março deste ano, negando o pedido original da categoria. 

Desde então, foram cinco reuniões com o Governo Federal. A última proposta ofereceu para a categoria 16% de reajuste, entretanto, após assembleia da última segunda-feira, 27, os servidores rejeitaram a oferta. Fernando conta que, segundo as avaliações da assembleia de ontem, a nova contraproposta da categoria para o governo deve girar em torno dos 35% de recomposição salarial. É importante ressaltar que as negociações do Executivo Federal com os TAE é algo separado das negociações do Magistério Superior. 

“É o que nós entendemos como o mínimo para gente poder pelo menos recuperar uma parte das perdas inflacionárias dos últimos anos”, explicou. Até o momento, não existe nova data para reunião com o Governo Federal. A Fasubra aguarda até quarta-feira, 29, para que os sindicatos filiados consultem suas bases a fim de oficializar uma contraproposta unificada.  

Andamento da greve 

Em comparativo com a greve dos docentes da UFG, Fernando conta que “a mobilização continua muito forte” no caso dos TAE. Assembleias e atos públicos com adesão, tanto dos servidores de Goiânia, quanto dos de Jataí e Catalão, e também daqueles dos Institutos Federais espalhados pelo estado. 

Fernando reconhece que a greve provoca prejuízos, mas garante que o “objetivo não é prejudicar nossa universidade e institutos federais”. O servidor afirma que existe uma preocupação da categoria em evitar “prejuízos irreparáveis”. A margem de 30% do corpo de servidores em atividade durante a greve, prevista em legislação, está sendo cumprida. Os servidores do Hospital das Clínicas seguem em atividade, e a categoria delibera pedidos excepcionais, como estudantes que precisam do diploma para assumir algum cargo. 

“Greve provoca prejuízos, mas os prejuízos que a gente tenta evitar são aqueles irreparáveis”, concluiu. 

Em seu site, a Fasubra afirma que está insatisfeita com as resposta do governo, após mais de 75 dias de greve. “O enfrentamento do projeto de destruição dos direitos da classe trabalhadora requer a reorganização e o fortalecimento da unidade da classe”, afirmam em informe de greve. Ao reafirmar a importância da greve enquanto instrumento de luta, a entidade garante que vai continuar em defesa não apenas das questões da categoria, mas também pela reconstrução e revalorização da educação superior federal como um todo, buscando, por exemplo, a recomposição orçamentária das instituições federais de ensino (IFEs).  

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