Uma reflexão sobre as operações policiais contra ex-prefeitos goianos

Os ex-prefeitos Gustavo Mendanha (PRD), de Aparecida de Goiânia, e Jânio Darrot (MDB), de Trindade, possuem muitas semelhanças. A principal delas foi a cogitação de ambos disputarem a candidatura a prefeito de Goiânia, em outubro deste ano. Outra característica comum: os dois administraram duas cidades da região metropolitana da Capital. E, recentemente, tanto Mendanha quanto Darrot foram alvos de mandados de buscas e apreensão nos seus endereços e também em órgãos públicos.

De acordo com informações dos mandados judiciais, em outubro do ano passado, Gustavo Mendanha e outras figuras políticas foram investigadas por supostas irregularidades em licitações para a construção da nova sede da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia. O caso teria ocorrido quando Mendanha era presidente do Poder Legislativo, no período de 2013 e 2016. Na ocasião, houve, além de buscas e apreensões, bloqueios de bens. Mendanha negou qualquer ato ilícito.

Com Darrot, o episódio foi semelhante. Segundo fontes próximas ao ex-prefeito, a polícia cumpriu mandados em pelo menos cinco endereços do ex-prefeito, no último dia 8. Além disso, houve diligências na sede da Prefeitura de Trindade, cuja ação foi confirmada pela assessoria de imprensa. O emedebista teve ainda bloqueios de bens decretados pela Justiça.

No caso de Jânio Darrot, a investigação mira possíveis irregularidades em relação a licitações e contratos realizados na gestão do então prefeito, em 2013, mais de uma década atrás. O ex-prefeito rebate que haja ilegalidade em contratos de máquinas pesadas entre a Prefeitura e a empresa de um dos seus funcionários.

Embora até o momento nenhum dos dois casos tenham se encaminhado para o indiciamento dos envolvidos, a reflexão que fica é que a Justiça está mais atuante em relação à gestão dos bens públicos. Como gestores públicos, os prefeitos são responsáveis por atos administrativos, assim como presidentes do Poder Legislativo.

Cabe ressaltar que a responsabilidade dos gestores públicos perante a sociedade é imensa. Por isso, a transparência nas suas ações é fundamental. E também é por meio do fortalecimento dos mecanismos de fiscalização e pela garantia de processos judiciais justos que se pode assegurar a confiança pública nas instituições.

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