A história de uma suposta traição de dois jornalistas da TV Globo. Denúncia é de ex-mulher

De tanto escarafunchar a vida alheia, tornando público aquilo que é da esfera privada, os jornalistas também se tornaram, digamos, vítimas do moderno jornalismo, cada vez mais bisbilhoteiro. A história do jogador Hulk, que se casou com a sobrinha da própria mulher — ou seja, ex-mulher — foi ostensivamente divulgada na imprensa. Ninguém reclamou da intensa exposição das três pessoas envolvidas. Agora é a vez de um novo triângulo ser exibido na Imprensa e nas redes sociais.

O amor está no ar para os jornalistas esportivos Carol Barcellos e Marcelo Courrege, ambos da TV Globo. Formam, por sinal, um belo casal.

Mas o bafão, que Shakespeare transformaria num drama — a la “Otelo” (o livro que inspirou “Dom Casmurro”, do gênio Machado de Assis) —, envolve não apenas o namoro em si, e sim uma suposta “traição”.

Carol Barcellos e Marcelo Courrege anunciaram o namoro no domingo, 11. Até aí tudo bem. Marcelo Courrege não era mais casado com Renata Heilborn (sobrenome de Paulo Francis — cujo nome verdadeiro era Franz Paul Trannin da Matta Heilborn).

Entretanto, numa rede social, a ex-mulher do jornalista, Renata Heilborn, se manifestou sobre a traição. A palavra, no caso, pode ter conter duplo sentido. Porque, se Renata Heilborn e Marcelo Courrege não eram mais casados, então não houve traição.

Porém, há um sentido mais amplo, e deve ser sobre isto o “lamento” de Renata Heilborn. Ela e Carol Barcellos eram amigas — tanto que a segunda foi madrinha do casamento da primeira com Marcelo Courrege. A jornalista, de acordo com a suposta “traída”, vivia elogiando o casal nas redes sociais.

Capitu poderia perguntar a Shakespeare: “Houve traição?”. Sim, de acordo com Renata Heilborn. Afinal, sendo sua amiga, Carol Barcellos não deveria ter ficado com seu marido ou ex-marido. Do ponto de vista de Carol Barcellos e Marcelo Courrege, não houve mais traição, pois os dois estavam solteiros.

Numa nota, tentando esclarecer sua posição, Renata Heilborn escreveu: “Fui casada durante 10 anos — no total foram 12 anos de relacionamento. Primeiro ponto: meu casamento não era aberto. Que isso fique bem claro. Segundo: descobri da pior forma possível que meu ex-marido tinha um caso com uma amiga minha — madrinha de meu casamento. Casamento, aliás, que não era perfeito. Longe disso”.

Se o casamento não era bom, Renata Heilborn não deveria comemorar ter se “livrado” de Marcelo Courrege? Otelo e Escobar, e talvez até Bentinho, certamente diriam que sim. De resto, é preciso admitir: o amor, como as louças — e não os livros, que, ao contrário dos celulares, não enguiçam —, um dia acaba. Ruim talvez seja quando se perde o respeito pelo outro. O lamento de Renata Heilborn talvez tenha a ver com isto. Talvez ela esteja lamentando mais a “traição” da amiga do que a do ex-marido. A amizade às vezes é mais duradoura do que o amor.

A direção da Globo, dada a repercussão da história, teria chamado os jornalistas para uma conversa. Mas o que a rede de televisão tem a ver com a vida privada de seus funcionários, notadamente em casos de amor — casmurros, otelianos ou não?

Ao contrário do que chegaram a dizer, Carol Barcellos não é filha do jornalista Caco Barcellos (pai de Alice, Ian e Iuri).

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