Coronel Polidório pode ser o grande rival de Vanuza em Porangatu

O tenente-coronel Polidório (Evando Polidório Lustosa) é o comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar em Porangatu. Desde sua chegada à cidade, a violência caiu. Porque a PM está mais presente e proativa.

Dado o sucesso da gestão do coronel Polidório na área de segurança, criou-se uma espécie de identidade entre o militar e os moradores de Porangatu. A conexão é tão “profunda” que Porangatu e Polidório têm o mesmo número de letras — nove — e começam com consoantes e terminam com vogais.

Há muito se comenta que o coronel Polidório pode ser candidato a prefeito. Pessoas que o conhecem fazem duas ressalvas. O militar gostaria de, um dia, ser comandante da PM. Segundo, teme se apresentar como candidato e ser “perseguido” pela prefeita Vanuza Valadares, a poderosa chefona do União Brasil em Porangatu.

Vanuza Valadares, prefeita de Porangatu | Foto: Reprodução/Prefeitura de Porangatu

Então, depois de citado, o nome de Polidório saiu de circulação. Mas, quando é colocado nas pesquisas de intenção de voto e nas qualis, seu nome é bem avaliado. Figura atrás de Vanuza Valadares, mas, dos nomes ventilados pelas oposições, é o único visto como aquele que pode derrotar a prefeita. A rigor, só um nome aparece mais bem posicionado do que ele. Trata-se de Márcio Luís da Silva, sem filiação partidária. Aos aliados, Márcio Luís estaria dizendo que não será candidato e caminhará com o candidato das oposições.

Coronel Polidório tem dois desafios pela frente de imediato. Primeiro, trabalhar para unir as oposições, que estão desarticuladas e vendo, da janela, Vanuza Valadares operando com mestria política. A prefeita se filiou ao União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado, e conquistou o apoio do MDB, que deverá lançar seu vice em outubro deste ano, daqui a sete meses. Não é pouca coisa. São os dois maiores partidos de Goiás.

Márcio Luís: talvez o maior general eleitoral de Porangatu | Foto: Divulgação

Vanuza Valadares será uma candidata muito difícil de ser batida. Porque controla a máquina pública, que no interior faz uma diferença imensa. Porque tem o apoio da estrutura financeira do União Brasil, do MDB e a de sua família (leia-se Eronildo Valadares, que é dono de um patrimônio avaliado em mais de 30 milhões de reais — a maior parte dele formado antes de ter se tornado político). Porque estará, este ano, liderando uma ampla frente política. Porque, depois de um início ruim — chegou a ser investigada pela Polícia Federal, o que ainda poderá lhe render dor de cabeça, este ano —, conseguiu melhorar sua gestão, com o apoio do deputado José Nelto, espécie de “subprefeito” informal da “capital” do Norte goiano.

Então, derrotar Vanuza Valadares pode não ser impossível, mas será muito difícil. A prefeita está “viva”, proativa. Deu mesmo a volta por cima. Negar isto é negar a realidade.

Vanuza Valadares e Rafael do Charque: possíveis rivais na disputa de outubro | Fotos: Reproduções

O segundo desafio do coronel Polidório será sua aliança política. Se for candidato pelo PSDB ou pelo PL, o que é uma possibilidade — o militar teria ligação com o ex-governador Marconi Perillo —, não terá o apoio do grupo liderado pelo advogado e empresário Márcio Luís — presidente da Facieg.

O grupo de Márcio Luís, embora não esteja mais no MDB, é ligado ao vice-governador Daniel Vilela, portanto ao governador Ronaldo Caiado. Então, embora não queira compor com Vanuza Valadares, também não vai apoiar um candidato bancado pelo ex-governador Marconi Perillo.

Porque o grupo de Márcio Luís vai apoiar Daniel Vilela para governador em 2026, enquanto o senador Wilder Morais, do PL, deverá ser candidato a governador, assim como Marconi Perillo, do PSDB.

Então, se ficar mais próximo de um partido como o Podemos, presidido pelo deputado federal Glaustin da Fokus, o coronel Polidório poderá contar com o apoio de Márcio Luís, de Rafael do Charque (Podemos) e de alguns vereadores.

Entretanto, o PSDB (ou PL) poderá lançar o vice, como Gláucia Melo. Há quem postule que o vice ideal é Rafael do Charque, empresário jovem e bem-sucedido.

Por ser militar, o coronel Polidório não tem filiação partidária. Mas poderá se filiar para a disputa eleitoral. (E.F.B.)

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