Caminhos da reportagem reprisa programa sobre a fome no Brasil


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Líderes mundiais estão reunidos, no Rio de Janeiro, para o encontro do G20. Um dos principais temas em debate é o combate à fome – pauta que também é tema do programa Caminhos da Reportagem, que a TV Brasil reprisa nesta segunda-feira (18), às 21h.

Exibido inicialmente um ano atrás, o programa exibiu entrevistas feitas pela equipe do Caminhos da Reportagem no interior do Maranhão, estado com a maior taxa de pobreza do Brasil, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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“Era meio quilo de arroz para oito pessoas. E às vezes nem isso tinha”, conta a dona de casa Maria Sueli de Oliveira.

A pescadora Elisângela Rodrigues lembra que “nem todo dia tinha comida. A gente almoçava e, às vezes, não jantava. Ou jantava, mas não almoçava no dia seguinte”.

Os relatos fortes marcaram o programa sobre os 20 anos do Bolsa Família. Além de percorrer cidades do Maranhão, a reportagem conversou com especialistas em transferência de renda. Estudiosos que avaliaram elogios, críticas e desafios do benefício.

“A pobreza caiu cerca de 75% em um período de 20 anos. Eu diria que, sem o Bolsa Família, a pobreza estaria 50% mais alta do que é hoje”, enfatiza o diretor do FGV Social, Marcelo Neri.

“Muitas vezes, a gente verifica, por parte dos órgãos centrais, uma deficiência no acompanhamento. Há uma certa negligência na questão do controle”, reclama o professor César Bergo, da Universidade de Brasília.

“Programas de transferência de renda são a principal estratégia de política social para atender a realidade de pobreza e de extrema pobreza”, lembra a professora Maria Ozanira da Silva e Silva, da Universidade Federal do Maranhão.

Em todo país, 21 milhões de famílias recebem o benefício, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. E a transferência média, por família, é de R$ 680,61.

O Bolsa Família nasceu em 2003, no primeiro mandato do presidente Lula. Tem direito ao benefício toda família com renda mensal de até R$ 218, por pessoa.  

Discussões como porta de saída do programa, incentivo a quebrar ciclos de violência doméstica e circulação de dinheiro, principalmente, em cidades pequenas também fazem parte do episódio. Além disso, a repórter Ana Graziela Aguiar elencou sonhos e mostrou exemplos de crianças beneficiárias do Bolsa Família que hoje são adultos com carreiras bem sucedidas.

Ficha técnica

Reportagem: Ana Graziela Aguiar
Reportagem cinematográfica: André Rodrigo Pacheco
Apoio à reportagem cinematográfica: Gilvan Alves
Auxílio técnico: Rafael Calado
Produção: Claiton Freitas
Edição de texto: Paulo Leite
Edição de imagem e finalização: Márcio Stuckert
Arte: Caroline Ramos

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