Caiado fala em pacificação política do País e cobra enfrentamento ao narcotráfico

O governador Ronaldo Caiado (UB) nesta sexta-feira, 8, em entrevista ao Portal UOL, voltou a pedir a anistia sobre o 8 de janeiro de 2023, para pacificar o País. Por outro lado, o chefe do Executivo goiano cobrou governabilidade do Palácio do Planalto e enfrentamento ao narcotráfico.

“O Brasil está tomado pela violência. Se perguntar para a opinião pública: você está preocupada com o julgamento que está sendo feito hoje em relação ao 8 de janeiro [2023] ou com as facções criminosos que tomaram todas as penitenciárias do Brasil, exceto as de Goiás, e que hoje comandam a maior parte do território dos Estados do Brasil?”, indagou.

Neste contexto, Caiado frisou que atualmente se discute uma pauta que não é do povo. “As duas principais multinacionais do País são PCC e Comando Vermelho”, denunciou e acrescentou que as organizações criminosas avançam sobre o controle do Estado, como o Legislativo e o Judiciário.  

Neste sentido, Caiado cobrou que o Brasil precisa de um governo atuante para enfrentar a criminalidade e os problemas econômicos. “Será possível que vamos ficar no terceiro turno até 2026. Eu acho que isso não leva a nada. Isso está levando ao que? Levando a uma desaprovação do presidente Lula”, alfinetou.

“Se continuar deste jeito, não vejo resultados para o futuro deste País. Vamos continuar sempre nesta situação. Cada eleição não termina e tem o terceiro turno. O terceiro turno dura três anos. Fica esta situação toda. Punir, resolver, impedir as coisas, implantar-se a lei, eu acho mais do que correto”, emendou.

União Brasil e Lula

O mandatário do Executivo de Goiás pontuou sobre o seu partido contar com ministros no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e destacou a proximidade dele com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), embora tenha havido desentendimentos no passado.

“O partido se tem dois ministros. Você tem o ministro do Turismo [Celso Sabino] e o ministro da área de esporte [André Fufuca]”, esclareceu. “Tendo o processo político, há as tendências nas regiões do país. Então, você não pode desconhecer que a região Norte e Nordeste sempre tiveram uma tendência mais à esquerda. As eleições mostram isso”, comentou, ao analisar o apoio de colegas de legenda ao governo atual.

Acerca de correligionários na Esplanada dos Ministérios, o governador defende que a sigla não pode ser intransigente diante de posições de colegas que assumiram este apoio ao presidente Lula nas suas regiões onde à esquerda prevalece.

Indagado sobre o terceiro ministro do União, Caiado enfatiza que o ministro Waldez Góes não pertence aos quadros da legenda. “Eles colocam como se o ministro Waldez fosse também do União Brasil, não é do União Brasil,” afirma.

Para Caiado, embora o partido tenha ministros no governo, isso não é impedimento de se lançar candidato. “O Democrata tinha três ministros de estado e, no entanto, não apoiou o presidente Bolsonaro na sua reeleição. Era o Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil; era a Tereza Cristina [Agricultura, Pecuária e Abastecimento] e o Mandetta [Luiz Henrique, na Saúde]”, exemplifica.

Jair Bolsonaro

Sobre a reaproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador goiano ressaltou que apesar de serem aliados, isso não significa “engessamento de posição”. “A única discussão que existiu foi exatamente da pandemia, esse foi o fato que aconteceu. Todos conhecem e sabem que sou médico, sou cirurgião, sempre exerci a medicina, interrompi depois que entrei no governo de Goiás e naquela hora minha posição foi exatamente na defesa da ciência, da vacina, do isolamento social, e o presidente tinha a posição contrária”, recorda. 

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