PSB pode bancar Bruno Peixoto para prefeito de Goiânia?

Em tese, o PSB não terá como bancar o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, para prefeito de Goiânia.

Filiado ao União Brasil, se sair sem o consentimento da cúpula do União Brasil — leia-se o presidente nacional, Antônio Rueda, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado —, Bruno Peixoto poderia perder o mandato. Poderia, é claro, recorrer à Justiça, mas o resultado de uma ação judicial deste nível é sempre imprevisível.

Bruno Peixoto, de fato, abriu conversações com o PSB (e sua mulher é cotada para assumir o comando do partido em Goiânia). Ao lado de Elias Vaz, o presidente estadual, e do deputado José Nelto, o parlamentar deve operar para eleger prefeitos e vereadores em 2024. O objetivo é montar uma frente política forte, em todo o Estado, que possibilite ao PSB eleger de dois a três deputados federais em 2026 (talvez Bruno Peixoto, José Nelto e Elias Vaz).

Em Brasília o que interessa mesmo são deputados federais e senadores. Então, o que o PSB nacional pede é isto: que o partido em Goiás envie parlamentares para Brasília. Por isso, o PSB está fortalecendo tanto Bruno Peixoto quanto José Nelto (que está tentando ser liberado do Progressistas pelo senador Ciro Nogueira, presidente nacional do pP).

Neste momento, Bruno Peixoto está focado em duas cousas. Primeiro, na condução da Assembleia, que, a rigor, é uma espécie de prefeitura de grande porte. Segundo, na formatação de uma base político-eleitoral para 2026, quando deverá ser candidato a deputado federal. Acredita-se que será um dos puxadores de voto do PSB — isto, é claro, se sair do União Brasil.

Por temperamento, Bruno Peixoto não fica quieto. Mas não está fazendo pressão para ser candidato a prefeito.

Entretando, se Bruno Peixoto parece um tanto “conformado” — se é que está —, vereadores de Goiânia e vários deputados estaduais ainda continuam mobilizados cobrando sua candidatura a prefeito da capital.

O que está, de fato, acontecendo? Quem disser que sabe tudo, que mapeou o quadro, talvez esteja menos informado do que aquele que admite que não sabe nada. Mas, se Bruno Peixoto voltar ao páreo, por causa da amplitude da estrutura que é capaz de arregimentar, certamente será, não para competir, e sim para ganhar. (E.F.B.)

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