Filha que mandou matar o pai por herança de R$ 3 milhões pode pegar até 30 anos de prisão

*Colaboração de Tathyane Melo

Uma mulher foi presa sob suspeita de mandar matar o próprio pai em uma disputa por uma herança avaliada em R$ 3 milhões, de acordo com informações da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). O crime, conforme apontado pelo delegado Peterson Amin, teria sido planejado com a ajuda do marido da suspeita. O casal foi detido na cidade de Campinorte, localizada no norte de Goiás.

Após a prisão, os dois foram submetidos a uma audiência de custódia, na qual o Judiciário decidiu manter a detenção de ambos. A pena prevista para cada um varia entre 12 e 30 anos de reclusão. Segundo a investigação, o executor do crime, que teria agido a mando do casal, permanece foragido.

O caso segue em investigação, e a polícia trabalha para localizar o terceiro envolvido e reunir mais provas que possam esclarecer os detalhes do crime. O delegado Amin destacou a gravidade do caso e a complexidade do planejamento que envolveu o assassinato.

Marido da suspeita | Foto: PCGO

“Até o momento não houve maiores investigações. Vamos concluir o Inquérito como está e remetê-lo ao fórum na quinta-feira, apos o feriado de ano novo”, disse Amim ao Jornal Opção.

A identidade do casal não foi divulgada e, por isso, a reportagem não conseguiu localizar sua defesa.

O que dizem as investigações

A Polícia Civil informou que o pai da suspeita foi morto em uma emboscada enquanto pilotava uma motocicleta. Ele foi abordado por três homens e atingido por dois tiros. A motivação para o crime seria a herança deixada pela vítima, que incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e dinheiro em conta bancária. A filha, única herdeira, teria planejado o assassinato com o marido para ficar com os bens.

Após o crime, a filha vendeu parte do patrimônio cerca de três meses depois. Segundo o delegado Peterson Amin, ela negociou 100 cabeças de gado e uma casa, mas não conseguiu movimentar o dinheiro das contas bancárias do pai. A rapidez na venda dos bens gerou suspeitas na polícia, reforçando os indícios contra ela. “Ela começou a se desfazer de tudo o que podia, o que gerou estranheza”, afirmou o delegado.

Durante o depoimento, a filha alegou que o marido foi quem organizou o crime, mas disse que não o denunciou por medo. O delegado, entretanto, afirmou não acreditar nessa versão e indicou que ambos estavam envolvidos no planejamento. O marido preferiu ficar em silêncio durante seu depoimento à polícia.

A investigação revelou que o casal contratou um executor pelo valor de R$ 20 mil, que, por sua vez, contratou outros dois homens para realizar o crime. Após não receber o pagamento prometido, o executor denunciou o casal à polícia, enviando fotos, vídeos e prints das negociações através de um número falso.

Até o momento, a filha e o genro estão presos, enquanto o executor do crime permanece foragido com um mandado de prisão em aberto. Os dois comparsas que teriam ajudado no assassinato não possuem mandados de prisão e ainda não foram detidos.

A Defensoria Pública, que representou o casal durante a audiência de custódia, informou que não comentará o caso. Como a defensoria não atua permanentemente na comarca, o casal deverá constituir um advogado de defesa ou aguardar que o juízo nomeie um defensor público para o processo.

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