O auxílio-representação e a dura decisão de Mabel

Os vereadores de Goiânia aprovaram, na última semana, sem discussão e por unanimidade, um “jabuti” que cria uma bonificação de quase R$ 7 mil (um terço do salário bruto) aos membros da Mesa Diretora, presidentes das Comissões, Frentes Parlamentes, ouvidorias e outros membros da Casa.

A justificativa da emenda diz que “o auxílio-representação tem como objetivo indenizar o custo do trabalho dos parlamentares e servidores que executam atividades de representação institucional externa, acumulando outras funções de representação da Câmara”.

Agora, a proposta depende de sanção do prefeito para ser colocada em prática. Eis que é quando há o risco de o “caldo” entornar.

A proposta é vista como uma “batata quente” devido ao seu teor controverso. Além da cota parlamentar recentemente criada, uma bonificação de R$ 6,9 mil para os vereadores em um período de cortes de gastos públicos é, no mínimo, desafiador quando se leva em conta a opinião pública.

Em tempo: a própria proposta enfrenta problemas básicas. A conversa que percorre os corredores da Câmara, principalmente na Procuradoria, é a de que um projeto assim, de bonificação, deveria surgir como um projeto de lei, e não como um jabuti sorrateiro a ser encaixado em outra proposta.

Acontece que o Paço Municipal terá ponto facultativo nesta semana, em razão do feriado de Ano Novo, e Rogério Cruz, já ausente, deve passar longe dos projetos que chegarem da Câmara. Circula nos bastidores que a chance de a “mini bomba” ficar com o novo prefeito, Sandro Mabel, é de 99,9%.

Agora, é esperar para ver como o novo prefeito vai lidar com o desafio. (T.P.)

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