Motos em corredores de ônibus: para presidente da associação de trabalhadores de app, medida dará “fluidez ao trânsito” de Goiânia

A medida adotada pela Prefeitura de Goiânia, que libera os motociclistas para trafegarem pelos corredores de ônibus, foi recebida recebida com otimismo e, ao mesmo tempo, cautela por setores da cidade, como é o caso da Associação dos Trabalhadores por Aplicativos de Goiás (Astago).

Segundo Pedro Júnior, presidente da associação que engloba trabalhadores que usam principalmente carros e motos para trabalhar, a mudança pode beneficiar diretamente os motociclistas, oferecendo mais agilidade e espaço para que eles se desloquem pelas principais vias da capital. “Essa liberação vai permitir que os motociclistas ganhem tempo e melhorem a fluidez no trânsito. Vai ser mais fácil para quem trabalha com moto, principalmente nas vias mais congestionadas”, afirmou.

Para o presidente da Astago, a medida tem um impacto positivo para a categoria, proporcionando um alívio nas ruas e avenidas mais movimentadas, como a Avenida 85, T-63, Assis Chateaubriand e Universitária. Ao liberar as faixas de ônibus para motos, o espaço para esses veículos aumentará, o que pode resultar em uma maior rapidez no deslocamento, algo crucial para quem depende do transporte rápido para cumprir suas rotinas de trabalho.

“Estamos vendo com bons olhos, principalmente para os motociclistas que dependem de maior agilidade nas vias de maior fluxo”, completou Pedro Júnior.

Ao mesmo tempo, a Astago faz ressalvas em relação à segurança no trânsito. Embora, para o presidente, a mudança traga benefícios para os motociclistas, a integração entre motos e ônibus nos corredores exclusivos levanta preocupações sobre a possibilidade de aumento de acidentes. Pedro Júnior destaca que os ônibus têm pontos cegos que podem dificultar a visibilidade dos motoristas para as motocicletas, tornando as vias mais arriscadas.

“O tráfego de motos nos corredores pode aumentar os riscos de acidentes. O ônibus tem pontos cegos e, quando mistura com as motos, isso pode gerar perigos. A solução mais segura seria a criação de corredores exclusivos para motos, entre as pistas de carros”, sugeriu Pedro Júnior.

Além disso, a segurança de outras categorias de veículos também foi mencionada, como as viaturas de emergência (ambulâncias, viaturas da polícia e do corpo de bombeiros), que frequentemente utilizam as faixas de ônibus para deslocamento rápido em situações de urgência. “Precisamos garantir que todos os serviços de emergência possam atuar rapidamente”, afirmou o presidente da Astago.

Liberação dos corredores terá fiscalização contínua, diz secretário

Em contrapartida, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito, reafirmou que a medida não altera as normas de trânsito, mas busca melhorar a fluidez nas vias da cidade. Tarcísio Abreu, titular da pasta, explicou que, embora os motociclistas possam usar as faixas de ônibus, as regras de circulação e a velocidade não sofrerão modificações.

“Não estamos flexibilizando nada. A velocidade nos corredores continua a mesma, não estamos mudando as normas para beneficiar as motos, elas vão continuar com as mesmas regras dos corredores de ônibus”, afirmou.

Tarcísio destacou também que a segurança nas vias será monitorada de perto pela Secretaria de Trânsito, com uma fiscalização rigorosa para garantir o cumprimento das normas. “Nós vamos fiscalizar, vamos controlar, ter monitoramento contínuo da equipe da Secretaria”, afirmou o secretário, acrescentando que a Spasta estará atenta não só aos corredores de ônibus, mas também a outras áreas da cidade para garantir que o trânsito continue seguro e eficiente.

“O pedido do prefeito é que possamos atuar de forma efetiva, ajudando a melhorar o trânsito em toda a cidade”, completou.

O secretário também rebateu a hipótese de impacto da medida sobre os veículos de emergência, explicando que motoristas de viaturas de socorro são altamente capacitados e habituados com as condições do trânsito, o que minimiza riscos de interferências. “Todos os motoristas que fazem socorro são motoristas preparados, estão acostumados com exatamente a atividade deles, a atividade do socorro. Se cada um respeitar a legislação de trânsito, nós vamos ter um trânsito seguro”, afirmou Tarcísio.

Planejamento

A medida faz parte de um projeto maior de desobstrução das vias arteriais da cidade. Segundo o secretário, o programa de liberação de corredores para motos inclui a criação de até 250 quilômetros de corredores, com os primeiros 100 quilômetros previstos para serem liberados em até 100 dias. “Esses cem quilômetros iniciais, nos primeiros dez corredores, serão executados em cem dias. A previsão é que, ao fim desse período, mais quatro vias sejam liberadas, totalizando os primeiros 100 quilômetros de corredores”, detalhou Tarcísio.

Para o futuro, a Prefeitura de Goiânia prevê a expansão dessa medida para mais vias da cidade com o objetivo de melhorar o fluxo de tráfego e oferecer mais segurança para os motoristas. “Estamos trabalhando para garantir que o projeto seja eficiente e beneficie tanto os motociclistas quanto a população como um todo”, concluiu o secretário.

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