TJ-GO mantém arquivamento de caso de suposto desvio milionário no Ingoh e Ipasgo 

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) manteve decisão de juíza que rejeitou denúncia do Ministério Público (MP-GO) que investigava supostos desvios no Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), juntamente ao Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh). Em junho do ano passado, a Juíza Placidina Pires rejeitou o pedido que surgiu após operação “Metástase” do MP-GO por entender que não havia qualquer acusação razoável ou justa causa para abertura de processo criminal. Na última terça-feira, 7, o TJ-GO reafirmou, por unanimidade, a decisão da magistrada. 

Importante ressaltar que o próprio MP-GO pediu arquivamento de inquérito civil-público sobre o caso por entender que não existem indícios de irregularidades. A defesa do Ipasgo e do Ingoh demonstrou a inexistência de indícios de quaisquer desvios ou favorecimentos, reforçando a urgência do encerramento da investigação.

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No Ministério Público 

A “Operação Metástase” investigava inicialmente um desvio de R$ 50 milhões do Ipasgo que aconteceu no contexto de contratação de serviços junto ao Ingoh. Deflagrada pela Polícia Civil em dezembro de 2019, a investigação resultou na apreensão de uma aeronave, carros de luxo, obras de arte e documentos em 19 localizações da capital goiana. 

Diretores e ex-gestores do Ipasgo foram alvos de mandados de busca e apreensão, e a PC-GO chegou a pedir a prisão preventiva de oito investigados. Entretanto, a Justiça goiana não autorizou as prisões.  

Entenda o caso

As investigações dos contratos entre Ipasgo e Ingoh tiveram início após funcionários da Unimed Goiânia terem entrado na Justiça denunciando supostas irregularidades nas auditorias de contas apresentadas pelo Ingoh, o que teria gerado superfaturamento de materiais de consumo e aprovação de exames de maneira anômala e sem qualquer verificação. 

Através dessa denúncia, envolvendo Unimed e Ingoh, o MP-GO chegou até às relações entre Ingoh e o Ipasgo, culminando na  operação “Metástase”. 

Na ocasião, os profissionais da Unimed denunciavam o tratamento desigual dado ao Ingoh em relação às demais clínicas credenciadas e médicos hematologistas cooperados.

A ação, movida por 20 médicos hematologistas da capital,exigia a entrega de todas as faturas e auditorias apresentadas à Unimed pela empresa Ingoh nos últimos cinco anos.

Os médicos alegam na ação que, em diversos meses do ano, todas as contas apresentadas pelo Ingoh foram pagas integralmente sem passar por qualquer auditoria no departamento responsável da Unimed. Os profissionais apontaram no processo que os carimbos dos médicos auditores sequer constavam nas contas prestadas à operadora de planos de saúde.

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