Incêndios em LA: brasileiras contam o drama da tragédia

Os maiores incêndios florestais da história de Los Angeles transformaram a segunda maior cidade dos Estados Unidos em um verdadeiro cenário de destruição. Alimentados por ventos de até 100 km/h, os “fogos selvagens” já resultaram na evacuação de mais de 100 mil pessoas, deixaram cinco mortos e destruíram milhares de estruturas.

O bairro de Pacific Palisades, conhecido por abrigar celebridades, foi um dos mais afetados. A área queimada ultrapassou o tamanho de Manhattan, devastando casas e escolas. Entre as vítimas, muitos trabalhadores brasileiros perderam tudo, como relatam Bruna Gonçalves e Marisa Reis Araújo à BBC.

Bruna, de 24 anos, natural de São Paulo, trabalhava como au pair cuidando de crianças quando o incêndio atingiu sua região. “Tivemos 10 minutos para fugir. Peguei apenas meu passaporte e carteira de motorista. Perdemos tudo – casa, escola, a rua inteira. Não sei como será o futuro”, desabafa.

Marisa, de 42 anos, também babá, enfrentou o caos para salvar a família onde trabalhava. “Fiquei presa no trânsito por horas, com as chamas se aproximando. Vi meu carro ser destruído e presenciei momentos de desespero, como uma mãe gritando por ajuda ao ver o fogo alcançar seu veículo.”

O governador Gavin Newsom mobilizou 7,5 mil agentes para conter as chamas, enquanto o presidente Joe Biden declarou estado de emergência, disponibilizando auxílio federal. Estima-se que o prejuízo ultrapassará os US$ 15 bilhões do Camp Fire de 2018, tornando este o incêndio mais caro da história dos EUA.

Entretanto, trabalhadores imigrantes, como muitos brasileiros, enfrentam incertezas sobre o futuro, sem garantia de apoio financeiro para reconstruir suas vidas.

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