Com chuvas e falta de drenagem, aumentam para 126 os pontos de alagamento e áreas de risco em Goiânia

As fortes chuvas que vêm atingindo a capital trouxeram à tona um dos problemas crônicos de Goiânia: pontos de alagamento. Segundo a Defesa Civil do município, a cidade conta com 126 locais de acúmulo de água durante a chuva. 

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O número representa um aumento de 27,7%, se comparado ao levantamento do órgão em 2023. Na época, a capital tinha 99 pontos de alagamento espalhados por toda a cidade. 

Algumas áreas sofrem com problemas historicamente como a Avenida Feira de Santana, no Parque Amazonas. Quando chove forte, a parte baixa da rua alaga a ponto de impedir a passagem segura de veículos. 

A Avenida Marginal Botafogo, que ficou interditada devido ao excesso de água na pista neste domingo, 12, também é conhecida pelo problema. A orientação é que motoristas não se arrisquem.

“Vários fatores promovem um ponto de alagamento, como a impermeabilização do solo e a infraestrutura da cidade. A cidade tem que ter investimento em drenagem urbana, micro e macro drenagem”, afirmou o coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil, Robledo Mendonça.

Robledo diz que, além do planejamento estrutural, a falta de conscientização da população é outro agravante dos pontos de alagamento. O descarte irregular de lixo faz com sacolas e demais materiais sejam arrastados às bocas de lobo pela enxurrada – consequentemente evitando o escoamento da água. 

“Esse lixo tem contribuído negativamente para esses alagamentos na cidade. Isso, ligado às mudanças climáticas, como as chuvas intensas ou secas intensas, tem nos mostrado uma nova realidade”, explicou. 

Áreas em situação de risco aumentam 

Além dos pontos de alagamento, as áreas em situação de risco também apresentaram aumento na comparação com 2023. Há dois anos, eram 30 regiões catalogadas pela Defesa Civil. Atualmente, a Prefeitura de Goiânia tem 33. Ou seja, uma alta de 10%. 

Segundo o coordenador do órgão, as áreas de risco são definidas quando há casas ou comunidades vivendo em locais sujeitos a riscos hidrológicos e geológicos, tais como: enxurradas, erosões, deslizamentos e inundações. Alguns dos pontos mais críticos se encontram no Parque Tremendão, Jardim América e Vila Bandeirantes. 

“Os locais de maior risco são próximos aos cursos hídricos, como o Córrego Capim Puba, Ribeirão Anicuns e Rio Meia Ponte. Temos um trabalho constante para evitar desastres nestes locais”, diz.  

Nas regiões consideradas de risco, as equipes verificam a presença de entulhos nos córregos e se houve algum tipo de trinca, rachadura, infiltrações ou indícios de possíveis deslizamentos que possam trazer riscos à população. Durante o período chuvoso, a fiscalização é redobrada. 

Isso porque o risco de desastres aumenta consideravelmente, de acordo com Robledo. Neste domingo, por exemplo, a chuva derrubou árvores, alagou ruas e provocou um deslizamento de terra na Avenida Marginal Botafogo, interditando a alça de acesso da Rua dos Comerciários.

“A Defesa Civil faz levantamentos e encaminha o relatório à Seinfra ou para a Comurg, se for uma questão de limpeza, para que providências sejam tomadas para evitar desastres. Caso ocorra um desastre, a gente aciona a secretaria para realizar o trabalho. Trabalhamos com essas duas frentes de gestão”, concluiu Robledo. 

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