Aparecida firma parceria com instituto para modernizar gestão

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), assinou nesta terça-feira, 14, um convênio entre o Executivo e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) para dar início ao suporte técnico do Instituto Àquila.

O objetivo é realizar um diagnóstico completo da administração pública municipal, identificando oportunidades de melhoria para modernizar a gestão. Além disso, será elaborado um Plano Estratégico de Trabalho.

Em coletiva de imprensa, Leandro Vilela destacou a importância de uma gestão eficiente e transparente. “É um acordo de cooperação para que possamos, desde o início da gestão, com muita responsabilidade e respeito aos recursos públicos, fazer uma administração com eficiência e resultados, traduzidos em benefícios para o cidadão”, afirmou o prefeito.

Vilela descreveu a situação como alarmante em que encontrou o município, mencionando uma dívida de R$ 500 milhões e precariedade de serviços básicos. “A saúde pública enfrenta falta de insumos nas unidades básicas e nas UPAs. A cidade está tomada pelo mato, há buracos nas ruas, obras paralisadas, iluminação pública precária e problemas graves na coleta de lixo e no aterro sanitário”, pontuou.

Ele também mencionou atrasos na educação, com o início do ano letivo comprometido pela falta de condições nas escolas. “Estamos numa força-tarefa para melhorar as condições das nossas escolas, garantindo um início de ano letivo mais digno para nossos alunos”, declarou.

Ao ser questionado sobre possíveis reformas administrativas, o prefeito confirmou a necessidade de mudanças profundas na estrutura da gestão pública municipal. “Sem dúvida nenhuma, precisamos de uma reforma administrativa ampla para atender às expectativas da população de Aparecida. Esse é um esforço coletivo, que inclui a Câmara Municipal, os vereadores e todo o setor produtivo”, enfatizou.

As parcerias anunciadas foram destacadas como fundamentais para superar os desafios. “O setor produtivo, por meio da FIEG e dos empresários locais, está nos ajudando nesse processo de retomada. Essa união é essencial para enfrentar os problemas e devolver à Aparecida o respeito e a dignidade que sua população merece”, afirmou.

Também em coletiva, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), André Rocha, detalhou a participação da entidade em um esforço conjunto com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia para aprimorar a gestão pública.

O presidente destacou que a parceria utilizará recursos e conhecimento técnico de instituições como Sesi, Senai, IEL e Sebrae para mapear e solucionar problemas. “Temos instrumentos, temos parcerias, como por exemplo o Instituto Aquila, para ver diagnósticos, trabalhar e melhorar a eficiência. Essa melhoria vai ser revertida para a sociedade, seja em tempo, seja em agilidade, seja também em redução de custos ou novos investimentos”, explicou.

Rocha enfatizou a necessidade de agilidade nas ações, dado o curto prazo do mandato de quatro anos do prefeito Leandro. “Nós precisamos ter agilidade, afinal o prefeito Leandro começou o mandato de quatro anos, que já tem menos de quatro anos. A população, especialmente quem mais necessita, não pode esperar. Por isso, será um trabalho feito com muita rapidez e uma equipe grande”, destacou.

O presidente da FIEG reforçou que o objetivo é avaliar os 72 itens de gestão do município, sempre com transparência. “Tudo isso vai ser buscado por uma questão até de transparência do município. O objetivo é conhecer a realidade de cada pasta, propor soluções e discutir com o prefeito, o vice-prefeito e a Câmara de Vereadores para alcançar melhorias em cada ponto identificado”, disse.

O consultor sócio do Instituto Áquila, Luiz Zanforlin, disse à imprensa que o objetivo do trabalho é avaliar a situação fiscal e administrativa da Prefeitura e oferecer soluções para superar os desafios identificados.

“Já tivemos aqui há mais tempo, e agora, a convite da FIEG, dessa nova gestão que inicia agora, estabelecemos essa parceria para fazer um diagnóstico, que é o grande raio X da gestão municipal”, afirmou Zanforlin.

De acordo com o consultor, a prioridade inicial será compreender as condições fiscais e financeiras da Prefeitura, que enfrenta dificuldades nesse momento. “A gente entra normalmente para ver justamente essa questão fiscal, financeira. Parece que o município enfrenta algumas dificuldades, então nossa primeira tarefa é entender onde estamos e, obviamente, dar opções de caminhos para a Prefeitura a partir de então”, explicou.

Além da análise financeira, o Instituto Áquila também vai investigar os processos administrativos. “Não é só o dinheiro. A gente precisa também saber se os processos estão funcionando, porque, como o André falou, o tempo não para. O cidadão quer que o serviço seja feito a tempo e modo. A gente precisa ser ágil para mostrar esses caminhos e implementar soluções”, destacou Zanforlin.

O trabalho terá duração de dois meses, com início imediato. “Nosso cronograma, na verdade, são 60 dias, contados a partir de hoje, que é a reunião inicial de trabalho. Nesse período, vamos fazer esse diagnóstico completo das contas da Prefeitura: receitas, despesas, maiores contratos, tudo será analisado para encontrar oportunidades de eficiência”, detalhou o consultor.

Vale destacar que o suporte técnico oferecido pelo Instituto Àquila será realizado sem custos para o município.

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