Erika Hilton aciona Polícia Federal por ameaças de morte após vídeo sobre Pix

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) denunciou, neste domingo, 19, ter recebido ameaças de morte em uma rede social após publicar um vídeo defendendo a fiscalização do Pix, uma medida que foi recentemente revogada pelo governo federal. Em resposta, Erika protocolou um pedido de abertura de inquérito na Polícia Federal para investigar e identificar os autores dessas intimidações. O vídeo que deu origem à polêmica já acumula mais de 97 milhões de visualizações no Instagram e 27 milhões no X (antigo Twitter).

Além do conteúdo em si, o estilo do vídeo de Erika, que utilizou roupas brancas e um cenário neutro, é comparado à produção visual de publicações realizadas pelo deputado de oposição Nikolas Ferreira (PL-MG). A semelhança não se limita ao aspecto técnico: ambos abordam a temática do Pix, mas enquanto Nikolas critica duramente o governo por supostamente penalizar os mais pobres, Erika rebateu essa narrativa e explicou os verdadeiros objetivos da proposta governamental.

A escalada das ameaças

Segundo a assessoria de Erika Hilton, as ameaças começaram a surgir no X e se intensificaram durante a madrugada. Alguns perfis chegaram a fazer incitações ao crime de homicídio. Em uma das mensagens, um usuário mencionou contratar “pistoleiros” para seguir a deputada. Outro comentário, ainda mais explícito, sugeria: “Projeto Ronnie Lessa 2.0 teria que entrar em ação”, fazendo uma referência direta ao acusado de assassinar Marielle Franco, reforçando o caráter de intimidação contra figuras políticas progressistas.

A gravidade dos ataques levou Erika a tomar medidas jurídicas imediatamente. Ela reafirmou em suas redes sociais que seguirá lutando contra as ameaças, mesmo diante dos riscos. “A violência da extrema direita é conhecida por todos nós. Sinto que parte deles não se conforma com a propagação da verdade e quer apelar para ameaças e intimidações para que eu recue. Não recuarei. Estou, junto de meus advogados e equipe de segurança, tomando as medidas cabíveis para responsabilizar quem comete crimes”, declarou.

Rebatendo desinformações

No centro do debate está a polêmica sobre a suposta “taxação do Pix”, uma fake news difundida nas redes sociais e desmentida pela deputada. Segundo Erika Hilton, essas informações são usadas como uma “cortina de fumaça” para camuflar outros interesses da base bolsonarista. “O que o governo queria era aumentar para 5 mil reais [o limite de fiscalização] na tentativa de constranger e coibir criminosos, quadrilhas, pessoas que fazem movimentações de montantes financeiros bilionários muito acima de seus salários. E talvez seja isso que a extrema direita quer esconder. Talvez sejam esses os medos da extrema direita”.

Para Erika, o ataque à medida governamental reflete uma tentativa de impedir o avanço de políticas públicas voltadas para os trabalhadores. “O governo está preocupado em combater a desigualdade, promover cada vez mais políticas que consigam dar dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras do nosso país. E talvez seja essa a outra coisa que eles queiram esconder: a sua dignidade, os seus direitos, algo que eles sempre odiaram.”

Hilton também chamou atenção para a contradição de figuras da oposição como Nikolas Ferreira, ao lembrar que a proposta de taxar o Pix foi, inicialmente, defendida pelo ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes. “É preciso não cair nessa onda de ataque e de mentira”, alertou a parlamentar, destacando que o governo atual visava apenas ajustar uma regra já existente.

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