A tortura contínua da deportação em massa

A deportação é algo comum, mesmo que não pareça. Todos os anos centenas de aviões lotados de imigrantes ilegais chegam ao Brasil vindos de diversos países. Esse mecanismo, no entanto, é tido por alguns como um tipo de tortura psicologicamente contra trabalhadores que tentam uma vida melhor, sendo algo que perdura enquanto fronteiras se tornarem tão importantes para se proteger uma “cultura”.

A “cultura” se diz respeito aos Estados Unidos, país criado por imigrantes, ou invasores, depende de como se prefere referir aos britânicos, que, hoje, por conta de ondas de imigração de diversos países do mundo, passou a ter a segunda maior homogeneidade cultural do mundo, perdendo apenas para o próprio Brasil.

No país mais poderoso do mundo, aqui falando militarmente pois hoje é apenas nisso que os Estados Unidos se destaca, tem medidas brutais contra aqueles que ousam cruzar suas fronteiras para buscar lá, onde o capitalismo é algo maior que o próprio país, uma vida “melhor”.

A exemplo de Trump, casado com uma imigrante, amigo de Elon Musk, outro imigrante, e neto de outro imigrante. Trump tem como sua principal bandeira a “guerra contra a imigração ilegal”.

A crise de preços nos Estados Unidos, principalmente de produtos básicos, como o ovo, é algo que deve piorar caso Trump cumpra sua promessa de deportação em massa. Hoje, quem aceita trabalhar a salários baixíssimos no país e, principalmente, em fazendas são os imigrantes.

A eugenia empregada por Trump, que é apoiada também por imigrantes tanto legais quanto ilegais nos Estados Unidos, tem um preço ainda maior quando se fala do custo de vida dos próprios estadunidenses. Os alimentos são apenas o começo.

Outro ponto a ser citado é o tratamento desses imigrantes que contribuíram para a economia do país por tanto tempo. Algemados pelas mãos, pés e cintura, voos em condições degradantes tratam quem ousou buscar uma vida melhor como criminosos de alta periculosidade, mesmo em solo brasileiro. Cenas como essa eram comuns mas, na última semana entraram em evidência e fizeram com que o governo brasileiro tomasse alguma atitude, mesmo que mínima, para resolver o problema. A medida não surtiu efeito, e não iria, mas ao menos fez com que o governo federal se posicionasse em defesa de seus cidadãos.

Agora, Trump quer aprisionar 30 mil imigrantes em Guantanamo, em Cuba, onde estadunidenses deveriam ser reconhecidos como migrantes. Sua tentativa de colocar “América em primeiro lugar” deve se ter um custo humano muito alto.

A imigração ilegal é um crime nos Estados Unidos e o controle de fronteiras no país deve sim ser efetivo, principalmente por conta de drogas ilícitas que são distribuídas no país, estas costumam vir do México e outros países das américas. Porém, é necessário criar mecanismos para que migrantes consigam o benefício de viver lá e ajudar no crescimento do país.

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