Bolsonarismo pode apostar em 3 mulheres contra Celina Leão e Ibaneis Rocha

Parece que está tudo bem no espectro da direita no Distrito Federal. Porque ela é muito forte na capital da República. Mas, nos bastidores, onde realmente as coisas rolam, os comentários são outros. O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, não percebe o governador Ibaneis Rocha, do MDB, e a vice-governadora Celina Leão, do pP, como integrantes da “direita-raiz”. São direitistas de ocasião e, no fundo, não são bolsonaristas. As relações, em público, parecem mui boas. Mas há um problema: o poderoso chefão, o Messias, desconfia dos “aliados”.

Hoje, a candidata a governadora do bolsonarismo é mesmo Celina Leão, do pP. Assim como o bolsonarismo deve apoiar Ibaneis Rocha para o Senado. Está tudo certo? Firmado mesmo? Parece que sim, ma non troppo.

Há, por exemplo, o senador Izalci Lucas, do PL, que planeja ser candidato a governador. Ele teria o apoio do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Mas tem estrutura para uma campanha dura, cara e contra quem estará no poder (em 2026, entre abril e dezembro, Celina Leão será governador do DF)? Não parece. Entretanto, decisivo mesmo é saber: terá o apoio de Jair Bolsonaro? Se não tiver, é carta fora do baralho.

Há outra possibilidade, que parece remota, mas tem sido discutida, ao menos entre quatro paredes em escritórios reservadíssimos.

O bolsonarismo pode arriscar e lançar três mulheres para a chapa majoritária. Seria a legião das amazonas de direita.

A senadora Damares Alves (Republicanos) seria candidata a governadora. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e a deputada Bia Kicis (PL) seriam candidatas ao Senado.

Trata-se de uma hipótese ou, desde já, de uma tese? Nem uma coisa nem outra. Porque, por enquanto, o bolsonarismo está fechado com Celina Leão e Ibaneis Rocha, que teriam dado “garantia” a Jair Bolsonaro de que “cuidarão” da campanha de Michelle Bolsonaro para senadora.

Ainda assim, há quem, no bolsonarismo-raiz, avalie que um chapão com Damares Alves, Michelle Bolsonaro e Bia Kicis “é tudo de bom” no campo da direita. Jair Bolsonaro gostaria, de fato, de ter duas (novas) senadoras de seu grupo.

Ibaneis Rocha tem criticado o presidente Lula da Silva, para agradar o bolsonarismo, mas não é, como dizem os aliados de Jair Bolsonaro, bolsonarista. É por demais “independente”, jogando mais para si.

De qualquer maneira, insista-se, o ex-presidente, o verdadeiro operador do PL em Brasília e no país, pode acabar compondo com Celina Leão e Ibaneis Rocha. Não por confluência ideológica (Ibaneis Rocha é de centro e só está fazendo figuração na direita porque o bolsonarismo é forte na capital do Brasil), e sim por causa da estrutura que será oferecida a Michelle Bolsonaro. (E.F.B.)

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