Polícia Civil cumpre mandados contra suspeitos de ‘rachadinha’ em Aragarças

A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta quinta-feira, 6, a Operação Maracutaia, que cumpriu mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e medidas cautelares em Aragarças. Os mandados foram expedidos pelo Juízo Criminal da Comarca de Aragarças.

Na operação, foram cumpridos nove mandados de buscas e apreensões em Aragarças, Pontal do Araguaia e Barra do Garças; três intimações de medidas cautelares diversas da prisão preventiva (afastamento do servidor público de suas funções) a suspensão de contratos e o bloqueio de R$ 157 mil reais, das contas de três empresas investigadas.

Ao Jornal Opção, o delegado Fabio Marques, responsável pelo caso, informou que as investigações começaram a partir de denúncias anônimas. “Denúncias informaram que um vereador, servidores públicos da Câmara Municipal e empresários. Após isso, começamos a levantar informações para verificar as denúncias e conseguimos coletar notas fiscais e contratos com empresas fantasmas”, afirmou.

“A partir daí começamos a receber denúncias de rachadinha, em que servidores recebiam valores e repassavam para o vereador. Então hoje temos investigações contra servidores do legislativo e do executivo, já que existe similaridades. Por exemplo, a mesma empresa presta serviço para a Câmara e Prefeitura, então tem a coincidência de fraude fiscal e falsidade ideológica”.

De acordo com Fábio, ainda não se sabe qual foi o valor desviado pelo esquema. “Até o momento bloqueamos R$ 157 mil, que é de contratos que estavam em curso e foram suspensos. Mas isto não reflete o valor total do desviado. Ainda estamos apurando para saber essa cifra”, diz.

O delegado explica, também, que o afastamento dos servidores fora feitas de forma cautelar. “Quando entendemos que há elementos suficientes para prisão preventiva, pedimos. Por o suspeito ter residência fixa e não oferecer risco para a investigação, existe o afastamento cautelar, com prazo mínimo de 180 dias que podem ser prorrogados”, diz.

Fábio também informou que as investigações continuam. “Hoje conseguimos apreender documentos, notas fiscais, balancetes. Vamos analisar esse material e verificar se existem mais pessoas envolvidas e o tamanho do rombo às contas públicas”, completou.

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