Política de Trump deporta mais 111 brasileiros para Brasil e já enviou 11 mil imigrantes para o México

Um novo voo trazendo brasileiros deportados dos Estados Unidos está programado para pousar em Fortaleza, no Ceará, nesta sexta-feira, 7, refletindo o aumento recente no número de repatriações realizadas pelas autoridades americanas. A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) transportará 111 imigrantes brasileiros, a maioria oriunda de Minas Gerais, que posteriormente seguirão para o aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com uma nota oficial do Ministério das Relações Exteriores, equipes dos Ministérios dos Direitos Humanos, Saúde e Desenvolvimento Social estarão presentes para recepcionar os repatriados, garantindo conforto e suporte imediato. “Estão presentes equipes do MDHC, MRE, MS e MDS para o receptivo, oferecendo conforto e estrutura adequada, com acesso a água, alimentação, pontos de energia, internet e banheiro próximo”, informou o governo federal.

Originalmente, o voo teria Belo Horizonte como destino inicial. No entanto, após negociações entre o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o governo norte-americano, a rota foi alterada para Fortaleza. A mudança teve como objetivo reduzir o tempo de sobrevoo do território nacional com os passageiros algemados, uma medida considerada mais respeitosa à dignidade dos repatriados. Um diplomata brasileiro foi designado para acompanhar o embarque dos deportados nos Estados Unidos, assegurando que os procedimentos fossem conduzidos de maneira apropriada.

A decisão de revisar os protocolos de repatriação foi impulsionada por um incidente ocorrido em 24 de janeiro, quando 88 brasileiros deportados chegaram a Manaus (AM) algemados e com correntes nos pés. Os repatriados também relataram maus-tratos durante o voo, o que levou o governo brasileiro a considerar a situação como grave e inaceitável. Esse episódio resultou na criação de um grupo de trabalho para monitorar e aprimorar o processo de repatriação.

A política de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos ganhou força com a posse de Donald Trump para seu segundo mandato presidencial. Em 23 de janeiro deste ano, apenas três dias após a posse, 538 pessoas foram detidas, e centenas delas deportadas em uma operação divulgada pela Casa Branca. Durante sua campanha, Trump prometeu intensificar as medidas contra a imigração ilegal, classificando a situação como uma “emergência nacional”. No seu primeiro dia de mandato, o presidente assinou ordens executivas destinadas a dificultar a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos.

O impacto dessas políticas também é sentido no México, que recebeu quase 11 mil imigrantes deportados dos Estados Unidos desde o início do segundo mandato de Trump, conforme informou a presidente mexicana Claudia Sheinbaum nesta sexta-feira. Entre os deportados, cerca de 2.500 são cidadãos de outros países. Durante sua entrevista coletiva matinal, Sheinbaum destacou que o México também está repatriando imigrantes para Honduras, utilizando voos e transportes terrestres.

Apesar do aumento nas repatriações, a presidente mexicana enfatizou que o processo não é forçado. “É voluntário”, declarou Sheinbaum aos repórteres. “Nós os acompanharemos para que possam voltar a seus países de origem”.

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