Delegados da PF repudiam narrativas falsas de Marconi e reforçam imparcialidade

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) emitiu uma nota oficial repudiando as acusações de ingerência política na operação Panaceia, que teve como alvo o presidente nacional do PSDB e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo. A ação, realizada na última quinta-feira, 6, foi coordenada pela superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues.

Na nota, a entidade reforçou que os delegados têm autonomia para conduzir investigações com imparcialidade, conforme previsto na Constituição Federal. “Os delegados e delegadas de Polícia Federal que presidem inquéritos policiais atrelados a operações têm autonomia para instruir, com imparcialidade, os procedimentos investigativos”, afirmou a ADPF.

A acusação de interferência política partiu do próprio Perillo, que divulgou vídeos e uma nota em suas redes sociais afirmando que a operação foi “encomendada” e se tratava de uma “armação odienta”. O ex-governador questionou a legitimidade da investigação, argumentando que os fatos apurados, relacionados a supostos desvios na saúde, ocorreram há mais de sete anos.

A ADPF rebateu, afirmando que se tornou comum alegar perseguição política quando operações policiais são conduzidas dentro dos parâmetros legais, com ciência do Ministério Público Federal e supervisão do Poder Judiciário.

A operação Panaceia foi deflagrada após determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em 7 de janeiro de 2025, para conclusão das investigações envolvendo Perillo. A decisão coincidiu com uma série de ataques públicos do ex-governador ao governo de Goiás, em que acusou o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) de perseguição política. No Palácio das Esmeraldas, a movimentação de Perillo foi vista como uma tentativa de criar uma narrativa para justificar a operação, já que sua defesa tinha conhecimento do andamento das investigações.

O inquérito aponta que contratos suspeitos foram firmados entre a Organização Social Instituto Gerir, responsável pela gestão de hospitais estaduais entre 2012 e 2018, e o escritório do advogado João Paulo Brzezinski, que também atuava como defensor pessoal de Perillo. A investigação indica que o escritório recebeu R$ 4,79 milhões de uma das OSs investigadas, além de um grupo de empresas ligadas ao advogado que teria recebido R$ 7,42 milhões de outras nove organizações sociais no mesmo período.

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