Do auge à decadência do Jóquei

Eu já contei sobre as minhas idas ao Jóquei Clube de Goiás nos anos 1990. Lembro até hoje de chamar meus amigos para passar o sábado tomando banho de piscina e descer o toboágua. “Vamos chegar, no máximo, até às 09 horas para pegar cadeira”, combinávamos. Uma de nossas mães era a motorista da garotada e deixava todo mundo no portão da Rua 3. Ao subirmos a rampa que dava acesso às piscinas, o clube já estava repleto de gente e pegávamos as cadeiras que restaram. Era só colocar as mochilas, tirar a roupa (já estávamos de sunga) e curtir o dia.

O Jóquei Clube era o oposto do Clube Jao. Um ficava perto de casa e o outro lá longe. O Jóquei ficava no centro de Goiânia. Não tinha jeito de esquece-lo, pois quem passava pela Avenida Anhanguera, ou Rua 3, ou qualquer rua adjacente via de longe ou passava ao lado daquele pavilhão de cimento. Sempre tinha alguma placa ou alguma faixa anunciando algum evento ou nos lembrando que precisávamos ir ao clube no próximo fim de semana ou no próximo feriado.

A fase que eu vivi no Jóquei do auge à decadência. Lembro das piscinas lotadas, das quadras de esporte com gente jogando bola, basquete, peteca. Lembro também da última vez que eu fui, em 2002. Já não tinha mais a preocupação de chegar cedo para pegar uma cadeira. Espaço era o que não faltava. O Jóquei decaía dia após dia. As árvores do bosque foram podadas, as piscinas esvaziadas e o concreto cobriu uma parte da área de lazer. Só mesmo as boas recordações para não serem apagadas pelo silêncio que se impõe sobre o Jóquei Clube de Goiás.

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