Lula quer mudança e pode trocar Nísia por Padilha no Ministério da Saúde

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende substituir a ministra da Saúde, Nísia Trindade, como parte da reforma ministerial em discussão no governo. Segundo informações da Folha de São Paulo, o mandatário já manifestou sua insatisfação com a gestão da ministra e indicou que avalia nomes para a sucessão. O nome mais cotado para assumir o cargo é o de Alexandre Padilha, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e ex-titular da Saúde durante a gestão Dilma Rousseff (PT).

O desempenho de Nísia tem sido alvo de críticas dentro do Congresso e também de aliados de Lula. A falta de uma marca forte na área da saúde e a pressão do centrão sobre a gestão da pasta são alguns dos fatores que pesam contra sua permanência. A crise sanitária enfrentada em 2024 e o embate constante sobre o orçamento do Ministério da Saúde também contribuíram para a queda de prestígio da ministra dentro do governo.

Segundo apuração da Folha, no Planalto, a avaliação é de que, em um momento de queda na popularidade do presidente, a pasta da Saúde precisa apresentar programas de grande alcance. Um dos projetos considerados estratégicos é o “Mais Acesso a Especialistas”, que visa reduzir filas para exames e consultas nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Para assessores de Lula, sob nova gestão, essa iniciativa pode se tornar uma vitrine para o governo federal.

Nos bastidores, Lula tem sinalizado preferência pessoal por Arthur Chioro, também ex-ministro da Saúde, mas o peso político de Padilha pode ser determinante para sua escolha. Com forte relação com a equipe atual do ministério e com lideranças do Congresso, Padilha tem perfil articulador, o que é visto como um diferencial na condução da pasta. Já Chioro, que atualmente comanda a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), é bem avaliado no governo e sua permanência no cargo é considerada uma estratégia segura.

Caso a escolha por Padilha se concretize, o governo precisará preencher o cargo de ministro da SRI. Entre os nomes cogitados está o do senador Jaques Wagner (PT-BA), atual líder do governo no Senado. Outro alternativa é o nome do deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara. Guimarães tem boa relação com dirigentes do centrão e é próximo de Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara. Lula também cogitou convidar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), para o cargo, mas foi alertado sobre as dificuldades que ela enfrenta no relacionamento com parlamentares.

O presidente ainda avalia a dimensão das mudanças que pretende implementar na Esplanada. Questionado sobre a reforma ministerial na quarta-feira, 19, Lula despistou, afirmando que assim como convidou quem quis para o governo, também pode retirar quem quiser na hora que quiser.

Ainda assim, aliados de Lula esperam que os primeiros anúncios da reforma ministerial ocorram durante as celebrações dos 45 anos do PT, no Rio de Janeiro, neste fim de semana. O plano é iniciar as mudanças com ministros petistas e integrantes da cota pessoal do presidente, reorganizando a equipe para a segunda metade do mandato.

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