Ministério da Saúde redistribuirá vacinas da dengue não utilizadas

Em resposta ao crescimento dos casos prováveis de dengue no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, decidiram que pasta vai usar uma estratégia de redistribuição das doses de vacina não utilizadas.

Embora os detalhes específicos ainda não tenham sido divulgados, a pasta planeja priorizar estados e municípios em estado de emergência devido à dengue. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 20, em uma coletiva de imprensa.

No mais recente levantamento do Ministério da Saúde, o Brasil chegou a 1.937.651 de casos prováveis de dengue até esta quarta. A estatística representa um marco histórico, sendo o maior número de casos de dengue registrados em um único ano em mais de duas décadas.

A crescente incidência de casos de dengue tem sido um dos fatores preocupantes na queda da popularidade de Lula. Sendo assim, além da redistribuição, um montante de R$ 300 milhões está sendo direcionado para aquisição de medicamentos destinados às áreas afetadas.

A ministra também destacou os esforços em andamento para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a dengue. Enquanto isso, a vacina Qdenga permanece como uma das principais apostas, considerada pela pasta como a mais eficaz em termos de segurança pública.

“Continuamos no processo ainda não finalizado com a Fiocruz. Antecipamos que haverá a possibilidade da produção da vacina nacional. Ela está em processo, mas não temos a definição precisa de quantas doses podem ser produzidas. E falta a análise da própria Anvisa”, disse a chefe da pasta.

O Ministério da Saúde está comprometido em destinar R$ 1,5 bilhão ao longo do ano para lidar com doenças epidêmicas, mantendo o foco na erradicação do mosquito vetor e na prevenção de casos graves. Outra medida preventiva inclui a antecipação da vacina contra a gripe, já implementada no Distrito Federal.

Até o momento, o país está com 630 óbitos confirmados por dengue, com outros 1.006 casos ainda sob investigação. Esse aumento substancial de casos prováveis de dengue, conforme observado pela ministra Trindade, está correlacionado com diversos fatores, incluindo mudanças climáticas e a presença de múltiplos sorotipos do vírus.

Como parte dos esforços de controle, o Ministério da Saúde continua a distribuir vacinas contra a dengue para municípios selecionados, com foco em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

O esquema vacinal requer duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. As vacinas já foram enviadas para diversos estados federativos, incluindo Distrito Federal, Goiás, Acre, Amapá, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

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