SES garante que situação normalizou e há disponibilidade de leitos de UTI em Goiânia

Veículos de imprensa noticiaram neste fim de semana que crianças estariam aguardando vagas em leitos de UTI por pelo menos três dias, como foi o caso de um bebê de apenas seis meses de idade, que aguardava internado na enfermaria do Cais de Campinas em Goiânia. No entanto, esse não era um caso isolado. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) havia informado, no ano passado, que as vagas haviam sido zeradas.

O Jornal Opção entrou em contato com a secretaria na manhã desta terça-feira, 4, para saber o que de fato está acontecendo. A SES ressaltou que a oferta de leitos em UTIs adultos e pediátricos segue dentro da normalidade na rede pública em Goiás e que o bebê citado na reportagem teve vaga aberta no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente ainda nesta segunda-feira, 3.

Segundo a Secretaria, no painel de leitos disponível no site da SES é possível verificar a disponibilidade de leitos nas unidades de UTIs pediátricas, neonatal, Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN) e para adultos.

O atendimento nsses casos é realizado de forma complementar pelo Estado, uma vez que Goiânia e os demais municípios também dispõem de leitos, tanto na rede regulada pelo município quanto na rede privada conveniada ao SUS.

Quando há uma demanda por vagas, essa solicitação é analisada simultaneamente por médicos dos sistemas de regulação municipal e estadual. As vagas são preenchidas conforme a disponibilidade e o perfil de cada paciente.

É importante destacar que, atualmente, o Estado enfrenta uma sazonalidade de doenças respiratórias e arboviroses, o que tem aumentado a demanda por leitos pediátricos e adultos, sobrecarregando o sistema de saúde.

Funcionamento da Regulação de Leitos

A SES esclarece que, diariamente, pacientes buscam atendimento em CAIS e UPAs, e esses casos podem ou não necessitar de transferência para unidades de maior complexidade. Inicialmente, as unidades são subordinadas à Central de Regulação de Goiânia, que, com o apoio de médicos reguladores, busca ativamente as vagas nas unidades de saúde sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia.

Após a análise do médico regulador municipal, o pedido de transferência pode ser inserido no sistema da SES para busca de leitos na rede estadual. Em 2024, houve uma atuação temporária da SES para intervir na gestão municipal devido à crise de saúde instalada.

Autonomia de Gestão e Responsabilidades

Cada ente do SUS tem autonomia na gestão da rede de saúde e dos cuidados com seus residentes. A Gestão Plena do SUS garante que os municípios recebam diretamente os recursos financeiros para prover atendimento à população local, abrangendo desde serviços de baixa até alta complexidade. Portanto, unidades de grande porte como o HC, Santa Casa, Hospital Rui Azeredo, entre outras, são reguladas e gerenciadas exclusivamente pela SMS de Goiânia, e não pela SES.

Além disso, a SES informa que atende centenas de municípios que dependem exclusivamente da rede estadual para serviços de alta complexidade, já que essas localidades não possuem leitos especializados.

Sazonalidade e Demanda

Durante períodos de sazonalidade, há uma tendência de aumento na procura por atendimentos de urgência. As unidades municipais, como a linha de frente das demandas, devem adotar estratégias para garantir o acesso aos serviços e acompanhar os casos críticos que ultrapassem sua capacidade operacional.

Se houver relatos de dificuldades de acesso ao SUS na capital, sugerimos que sejam verificadas com a SMS as estratégias de monitoramento e intervenção adotadas pelo município.

Transparência e Acompanhamento

A SES destaca que a rede de leitos sob sua gestão atende a 246 municípios goianos. A ocupação diária dos leitos pode ser acompanhada a qualquer momento no portal da Secretaria.

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