Divisão interna no PSOL expõe debate entre Boulos e Glauber Braga

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As divergências internacionais no PSOL se intensificaram nas últimas semanas, expondo uma racha entre a ala majoritária, liderada pelo deputado Guilherme Boulos (SP), e a corrente minoritária, encabeçada por Glauber Braga (RJ). O ponto central da disputa é o posicionamento do partido em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Boulos e seu grupo, que inclui parlamentares como Tarcísio Motta (RJ), Talíria Petrone (RJ), Erika Hilton (SP), Pastor Henrique Vieira (RJ), Célia Xakriabá (MG), Ivan Valente (SP) e Luciane Cavalcante (SP), defendem o alinhamento à gestão petista. Já na corrente de Braga, formada por Luiza Erundina (SP), Sâmia Bomfim (SP), Chico Alencar (RJ) e Fernanda Melchionna (RS), critica a aproximação com o governo e prega uma postura independente da legenda.

A crise se agravou após a demissão do economista David Deccache, assessor econômico da bancada há oito anos. Segundo aliados de Braga, a exoneração ocorreu devido às críticas feitas por Deccache à política econômica do governo Lula.

Já a ala de Boulos afirma que a decisão foi tomada porque o economista teria ofendido deputados do próprio partido, chamando-os de “oportunistas”, “covardes” e “mentirosos”. Deccache nega as acusações.Braga classificou a missão como um reflexo de mudanças na condução do partido.

Em transmissão ao vivo, afirmou que a decisão evidencia um posicionamento da legenda em direção ao governo e questionou se ainda há espaço para sua corrente dentro do PSOL.O embate interno ocorre desde 2023, quando Paula Coradi, aliada de Boulos, foi eleita presidente do PSOL, derrotando a corrente de Braga.

A disputa se intensificou com o posicionamento da legenda no Congresso. A maioria do partido sustenta que a prioridade deve ser o enfrentamento à oposição e que a decisão de integrar a base governamental foi aprovada por 67% da convenção partidária.

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