De olho nas eleições, Geverson Abel pode deixar Sedec em abril

O titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), Geverson Abel, está avaliando a permanência na pasta. Em entrevista para o Jornal Opção, ele conta planeja disputar a reeleição para vereador em Goiânia. Só que ele precisa desincompatibilizar do cargo em até seis meses antes do pleito.

Com as eleições marcadas para o dia 6 de outubro, Abel precisa voltar ao mandato até o dia 6 de abril para poder tentar ser reeleito. Ele conta que ainda analisa a questão. Entretanto, interlocutores ouvidos pela reportagem indicam que ele pode voltar para a Câmara Municipal de Goiânia entre os dias 1º e 5 de abril.

Caso opte em deixar a pasta, Abel adiantou que o seu substituto seria alguém de dentro da própria Sedec. “Temos vários nomes dentro da secretaria, mas deve ser alguém com conhecimento técnico e com timbre político. E é claro, toda a discussão seria feita com o presidente estadual Roberto Naves”, salienta.

Mandato em risco?

Durante a entrevista, o Jornal Opção questionou o secretário sobre possibilidade do mandato dele ser cassado por suposto desrespeito à cota de gênero. Abel foi eleito pelo Avante e a chapa da sigla das eleições de 2020 está sendo questionada na justiça eleitoral. Em resposta, ele garante estar tranquilo, “não corro risco de ser cassado”, afirmou.

Ao mesmo tempo, o titular da Sedec garantiu que não assumiu a pasta por medo de perder o mandato anteriormente. “A decisão foi uma oportunidade e mais um desafio para cuidar dos feirantes e de Goiânia. Principalmente após o meu trabalho no Código de Posturas como vereador”, frisa.

Para o advogado do Avante, Bruno Pena, o partido tem a situação “mais confortável” entre os processos envolvendo cota de gênero. “Das três ações, duas já transitaram em julgado, ou seja, não há mais nenhuma possibilidade de recurso. As decisões em ambas foram favoráveis, a que sobra já tem dois acórdãos favoráveis ao Avante no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, explica.

Por isso, Pena avalia que é pouco provável que ocorra alguma reversão no caso. “No direito tudo é possível, mas nem tudo é provável. Eu diria que a probabilidade de cassação nesse processo é a mesma que a gente teria de ganhar na Mega-Sena hoje”, pontua. 

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