Rede de supermercados é alvo de operação por sonegar mais de R$ 500 milhões

A Polícia Civil (PC) desencadeou uma operação para cumprir oito mandados de busca e apreensão contra empresas de supermercados, que acumulam dívidas de mais de R$ 500 milhões por crimes de lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. A operação, batizada de Romanos 13:7, foi conduzida pela corporação nesta sexta-feira, 22, em conjunto com a Subsecretaria da Receita do Distrito Federal.

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Os mandados foram cumpridos em residências e em sedes das empresas dos investigados, que são da mesma família e sócios da rede de mercados Supercei. São eles: os irmãos Elias, Geraldo e Hélio Felis Palazzo. Diversos itens foram apreendidos durante as ordens judiciais, como bolsas e veículos de luxo, que teriam sido comprados pelos envolvidos com dinheiro oriundo das fraudes fiscais.

As buscas e apreensões ocorrem nas regiões administrativas de Águas Claras, Gama, Plano Piloto, Recanto das Emas, Samambaia, Sudoeste e Taguatinga. A operação policial teve como principais alvos os verdadeiros sócios das empresas – alguns considerados “velhos conhecidos” da polícia e da Justiça, por serem réus em processos e até condenados por crimes da mesma natureza.

Núcleo familiar 

Segundo a PC, os investigados formaram um grupo econômico familiar para declarar débitos tributários fraudulentamente, sem a intenção de pagá-los. Eles realizaram diversas simulações de pagamento (parcelamentos) para simular que quitariam às dívidas ao Sistema de Justiça e à Fazenda Distrital. Entretanto, os indícios demonstraram que os suspeitos não tinham a intenção de regularizar a situação junto à Receita do Distrito Federal. 

Além disso, as empresas em questão realizaram simulações de pagamentos para suspender ações fiscais, misturando recursos ilícitos e lícitos para dissimular a fraude, o que prejudicou as instituições públicas. Os investigados enfrentarão acusações que incluem associação criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, podendo receber penas que variam de seis a 18 anos de prisão. 

Medidas assecuratórias também foram autorizadas pelo Poder Judiciário para garantir o ressarcimento aos cofres públicos, visando compensar os prejuízos causados ao Estado. A operação mobilizou cerca de 45 policiais, peritos criminais e auditores da Receita distrital. O Jornal Opção tentou contato a rede de mercados para que se posicionasse, mas não conseguiu retorno até a publicação desta matéria.

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