Novos levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentam projeções otimistas para as principais cadeias produtivas de Goiás na safra 2024/25. Os dados da Conab apontam crescimento de 14,2% na produção total de grãos no estado, chegando a 34,5 milhões de toneladas, com contribuições especiais de soja, milho e feijão. Já o IBGE dá destaque a culturas como tomate, mandioca e banana.
Segundo a Conab, a soja segue como carro-chefe da produção goiana, com estimativa de alcançar 20,2 milhões de toneladas, alta de 20,1% em relação à safra anterior. O milho também apresenta crescimento expressivo: a primeira safra está em estágio avançado, e a segunda safra deve ultrapassar 10,6 milhões de toneladas, um aumento de 7,5% em comparação à safra 2023/24.
No feijão, a produção foi superior a do ciclo 2023/24, com melhores rendimentos e uma colheita antecipada devido a condições climáticas favoráveis. Goiás deve registrar um aumento de 6,6% na produção total do grão, com estimativa de cerca de 292,6 mil toneladas. Já o sorgo reafirma a posição do estado como maior produtor do Brasil, com 1,3 milhão de toneladas, reflexo do aumento de 2,1% na área plantada em relação ao ano anterior.
“Os números confirmam a robustez do agronegócio goiano e refletem o compromisso do setor com inovação e sustentabilidade”, destaca o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Pedro Leonardo Rezende. Para ele, Goiás está avançando na eficiência produtiva e ampliando a sua competitividade, o que garante renda ao produtor e oferta segura ao consumidor. “A cada safra, Goiás reforça seu protagonismo nacional, combinando produtividade e sustentabilidade”, acrescenta.
Safras em alta
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE também revela desempenhos positivos em culturas não relacionadas a grãos. O tomate goiano segue como referência nacional, com estimativa de produção de 1,4 milhão de toneladas. A produção de mandioca também cresce e deve alcançar 190 mil toneladas, 2,9% a mais que no levantamento de janeiro, impulsionada pela expansão da área plantada.
Para a cultura da banana, a projeção é de mais de 167 mil toneladas, uma participação de 2,4% da produção nacional. A estimativa para as três safras da batata-inglesa também indica crescimento, com produção prevista de 267,4 mil toneladas, aumento de 1,2% em relação à publicação de janeiro e participação de 6,2% no total nacional.
Levantamento da CONAB
Analisando especificamente o comportamento da Produção Goiana de Grãos, segundo o 4º Levantamento da CONAB, houve um aumento de 11,4% na produção na safra 2024/2025 em relação à safra anterior, que foi de 30,26 milhões de toneladas. Esse aumento, é reflexo do aumento de 3,8% na área plantada que deve alcançar 7,55 milhões de ha e de um aumento de produtividade de 7,4% no mesmo período.
Nesse 4º levantamento, Goiás se consolida como o 4º maior produtor de grãos do país, representando 10,5% da produção nacional, com o maior crescimento de produção frente aos principais Estados produtores, MT, PR e RS, que terão aumento nas suas produções, de 4,4%, 7,8% e 3,4% respectivamente (Tabela 1).

Considerando os 11 principais produtos agrícolas acompanhados pela CONAB, no 4º levantamento do acompanhamento da Safra de Grãos em Goiás – safra 2024/2025, apenas as culturas de algodão e sorgo tem estimativa de queda na produção. As demais culturas, todas terão incremento na produção na safra 2024/2025 (Tabela 2).
No caso do algodão caroço, estima-se uma queda de 8,5% na produção em relação à safra anterior, de 90,6 mil toneladas para 82,9 mil toneladas e no caso do algodão em pluma uma queda de 8,4%. Segundo a CONAB, as variáveis de mercado, que influenciam a decisão dos produtores sobre a semeadura, apontam para a manutenção da área destinada à cultura. No entanto, houve redução das áreas plantadas em algumas regiões. No leste, em Cabeceiras, foi observada uma redução, enquanto no oeste, especialmente no Vale do Araguaia, a diminuição estimada foi atribuída à saída de áreas irrigadas por pivôs devido a dificuldades no fornecimento de energia elétrica para os sistemas de irrigação, além de condições climáticas adversas, como altas temperaturas e instabilidade.

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