Quando a tecnologia é realmente útil

Cynthia Pastor é editora do Jornal Opção Entorno

O Trends é uma ferramenta completa para avaliar e comparar o interesse em tópicos e palavras-chave ao longo do tempo, permitindo identificar tendências de pesquisa. Nas últimas 24 horas, por exemplo, os assuntos mais buscados variaram de futebol e resultados da Mega-Sena até quem atendeu o Big Fone no Big Brother e a classificação da Fórmula 1.

Contudo, o lado mais importante do uso do Google Trends é aquele voltado para a análise de Interesse por Informações. Aí entramos num universo profundo de aspectos teórico-metodológicos, que incluem a ampla área de pesquisa médica, por exemplo, com avaliações e estudos de doenças como o câncer, por exemplo, com um banco de dados gigantesco que possibilita o trabalho muito mais aprimorado no setor da saúde no que tange à prevenção, controle e avanços em novas medicações.

Um bom exemplo da aplicação fundamental da ferramenta foi apresentado pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, com um estudo em que mostra a correlação e sensibilidade do Google Trends para surtos de dengue e febre amarela no Estado de São Paulo voltado para a vigilância epidemiológica das arboviroses e para comparação da incidência dessas doenças com a popularidade de seus termos no estado.

A comparação dos dados do Google Trends com a incidência real de doenças, obtida do CVE “Prof. Alexandre Vranjac”, revelou uma correlação estatisticamente significativa entre as variáveis, com antecipação de até quatro semanas em séries temporais.

O estudo concluiu que a popularidade dos termos “dengue” e “febre amarela” no Google Trends apresentou forte correlação semanal com a ocorrência dessas doenças em São Paulo, indicando que a ferramenta pode fornecer alertas precoces e sensíveis para a detecção de surtos.

Vista pelo cenário da Medicina, a tecnologia e suas plataformas fazem muito sentido, conforme mostra uma pesquisa desenvolvida pela Deloitte com o apoio da Faculdade Unimed, Innovatrix e Sindicato de Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Estabelecimentos de Saúde no Estado de São Paulo (SindHosp).

A pesquisa aponta a conectividade e a personalização da assistência como as principais tendências que moldam o presente e o futuro da saúde. O desenvolvimento tecnológico (cloud, análise preditiva, automação, IA, compartilhamento de dados, interoperabilidade e 5G) é considerado o fator de maior impacto nos próximos 5 a 10 anos, por 55% dos respondentes. Este é, sem dúvida, o lado mais útil e importante da tecnologia.

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