Mesmo com cessar-fogo, Israel continua atacando palestinos em Gaza

Mesmo com um cessar-fogo em vigor e a devolução gradual de reféns feitos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, o estado de Israel continua em busca de seu objetivo: se tornar o Estado mais assassino do século XXI. A disputa com os Estados Unidos, que carrega esse título, é complicada, mas o governo de Benjamin Netanyahu aparenta estar esforçada em seu objetivo.

Apenas nesta quinta-feira, 27, ataques israelenses deixaram ao menos 36 mortos na Faixa de Gaza. Além disso, a limpeza étnica promovida por Israel, que não só e feita através de bombas, mata muitos mais.

A fome, a água racionada e a falta de energia faz com que os moradores de Gaza, que hoje é o maior campo de concentração a céu aberto do mundo, sejam torturados até a morte, que hoje parece cada vez mais inevitável até para os sobreviventes dos últimos 15 meses de “conflito”.

O Ramadan, mês sagrado para o Islã, parece ter se tornado o momento perfeito para ofensivas atrás de ofensivas não apenas em Gaza, mas na Cisjordânia ocupada.

Quando se vive em Gaza, a vida normal parece que nunca irá existir. Mesmo em momentos que supostamente seriam de paz, como no Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadan e é comemorado nesta semana em todo o mundo árabe, a morte ainda se espreita para crianças, mulheres e idosos.

Caso realmente se tratasse de um conflito, e não uma limpeza étnica, como denunciado por diversos organismos internacionais, haveria o respeito ao menos a essas vítimas. Um “conflito”, que dura 15 meses, e mata em sua maioria crianças, idosos e mulheres não se trata de uma guerra.

Recentemente, documento divulgado pelo Ministério de Saúde da Palestina lista o nome de todos os mortos durante os 15 meses de ofensiva de Israel em Gaza. Uma especificidade deste documento já trágico são as primeiras 27 páginas. Nestas páginas, todos os mortos tinham menos de 1 ano. Foram 825 bebês com menos de 1 ano mortas em 15 meses. Esses bebês não eram Hamas.

Ao todo, foram 15.613 crianças e adolescentes mortos no período. A grande maioria destas com idades entre 6 e 12 anos que, novamente, não eram membros do Hamas. O inimigo que, segundo o ex-secretário de Política Externa da União Europeia, Josep Borell, foi financiado por Israel, pois sim, eles teriam armado o Hamas para combater a Autoridade Palestina, liderada pelo Fatah, nunca vai morrer. O estado de Israel, hoje, é o maior recrutador do Hamas.

Quando crianças e adolescentes passam suas vidas temendo a morte, sem acesso a água, comida, educação e sequer saúde, elas tendem a se revoltar com o causador disso. E, há 78 anos, quem causa isso à Gaza, Cisjordânia e a palestinos refugiados ao redor do mundo é Israel.

O sadismo de Netanyahu e sua vontade de manter o poder o iguala a figuras históricas que causaram o mesmo ao seu povo.

Leia também:

Israel anuncia corte do fornecimento de eletricidade à Faixa de Gaza

Com quase 40 mil mortos em 10 meses, Gaza tem desafios para contar vítimas

O post Mesmo com cessar-fogo, Israel continua atacando palestinos em Gaza apareceu primeiro em Jornal Opção.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.