Neste domingo, 30, vários atos de protesto contra a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro ocorreram em diversas cidades do Brasil. As manifestações foram organizadas em resposta ao protesto liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último dia 16 de março, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
A principal manifestação aconteceu em São Paulo, organizada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), na Avenida Paulista. Também houve atos na zona sul do Rio de Janeiro. Na capital carioca, houve pequenos grupos de protesto no no Museu da República, no Catete, e na feira do bairro da Glória.
Além de São Paulo e do Rio de Janeiro, ocorreram atos em Belém, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, São Luís e Volta Redonda. Em Goiânia, houve uma pequena manifestação na sexta-feira, 29, na Praça Cívica.
A convocação para os atos foi feita por diversas frentes de esquerda, como as organizações Povo Sem Medo e Brasil Popular. No entanto, integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotaram uma postura cautelosa quanto à participação de ministros nos protestos. A expectativa era de que a manifestação organizada por Boulos não reunisse um grande número de pessoas.
Alguns membros do governo temiam que, caso o evento não tivesse o impacto esperado, o fracasso fosse atribuído ao próprio presidente Lula, mesmo com a manifestação sendo promovida pelo deputado federal do PSOL.
Em função disso, ministros como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Alexandre Padilha (Saúde), ambos do PT, declararam que não participariam da manifestação. Essa postura visava evitar que qualquer eventual insucesso no ato fosse usado politicamente contra o governo.
No dia 16 de março, apoiadores de Bolsonaro realizaram um ato pedindo a anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2024. A manifestação, realizada em Copacabana, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, segundo cálculos baseados em imagens aéreas da Universidade de São Paulo (USP).
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