Dança das cadeiras na Alego: confira quais candidatos podem assumir vaga com cassações

Caso todas as chapas com suspeita de desrespeito à cota de gênero sejam cassadas na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), oito deputados estaduais perderiam o mandato. Não somente os parlamentares do Partido Liberal (PL) e do Progressistas (PP), mas também aqueles que foram eleitos pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Estão entre os parlamentares que podem perder o mandato: Alessandro Moreira (PP), Jamil Calife (PP), Vivian Naves (PP), Delegado Eduardo Prado (PL), Major Araújo (PL), Paulo Cezar Martins (PL), Gustavo Sebba (PSDB) e José Machado (PSDB). Por outro lado, legendas que não tinham cadeiras na Casa anteriormente podem ter o seu primeiro representante na atual legislatura, como o Podemos e Partido da Mulher Brasileira (PMB).

Por exemplo, Felipe Cortês (Podemos) teve 19.049 votos na última eleição em 2022, mas o partido não alcançou o quociente eleitoral e por isso não foi eleito. Já o Dr. Gustavo Cardoso (PMB) foi o “contrário”, a legenda atingiu o número mínimo de votos, mas o candidato não conseguir bater o quociente partidário. Se todas as cassações ocorrerem, o valores mínimos abaixariam o suficiente para que ambos pudessem garantir uma cadeira na Casa.

Além dos dois já citados, outros também podem ficar aptos para assumir uma cadeira. Conforme cálculos realizados pelo Jornal Opção, estão na fila os candidatos: Diretora Ana Lúcia (eleita pelo PSC), Eliel Júnior (eleito pelo PRTB), Fabrício Rosa (PT), Rubens Marques (União Brasil), Subtenente Cláudio da Assesgo (eleito pelo PTB) e Thiago Albernaz (MDB).

Confira a ordem dos partidos e candidatos que podem ter uma vaga na Alego*:

1º – Movimento Democrático Brasileiro (MDB)

2º – União Brasil

3º – Podemos

4º – Partido dos Trabalhadores (PT)

5º – Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)

6º – Partido Social Cristão (PSC)

7º- Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB)

*No caso do Partido da Mulher Brasileira (PMB), por não ter alcançado o quociente partidário, Dr. Gustavo Cardoso apenas poderia assumir uma vaga nas seguintes situações:

1) todas as chapas cassadas;

2) a chapa do PL cassada;

3) as chapas do PP e PSDB sejam cassadas.

Decisões

No caso da Diretora Ana Lúcia, agora no PSDB, ela é a atual vice-prefeita de Luziânia e precisaria deixar o cargo para assumir a vaga na Alego. Fora que ela é também cotada para disputar as eleições para prefeito deste ano. Situação semelhante com a de Eliel Júnior, atualmente no Solidariedade, que é pré-candidato a prefeito no mesmo munícipio.

Próxima na fila

Em caso de todos oito deputados perderem o mandato, o próximo partido na fila por uma vaga na Alego é o Republicanos. Com duas cadeiras no Parlamento, Quirino e Clécio Alves, a próxima na lista é Thelma Cruz, esposa de Rogério Cruz, atual prefeito de Goiânia. Ela teve 25.602 votos na última eleição, mas acabou na suplência.

Situação dos partidos

Anteriormente ao Jornal Opção, o advogado de Naves, Wandir de Oliveira, negou que houve irregularidades nas candidaturas femininas apresentadas pelo Progressistas. “Foi o partido que mais lançou candidatas e o que teve a maior votação feminina entre todas as chapas de Goiás. (…) Se em algum momento, uma candidata ela desanimou da campanha, não viu perspectiva de vitória, isso não significa fraude à cota de gênero”, explica.

Novamente em contato, Oliveira atualiza que o casto está em “fase de diligências e depois a defesa será intimada para apresentar as alegações finais. Em sequência, a relatora da ação pedirá pauta para o julgamento.

Sobre a questão do PL, o advogado Leonardo Batista havia dito antes que a situação da sigla não seria culpa da chapa, mas sim da assessoria jurídica das candidatas em questão. Além de ressaltar que a sigla buscou todas medidas possíveis para mostrar que não houve tentativa de fraude na montagem de chapas.

“Quando tomamos conhecimento dos fatos, optamos em excluir cinco candidatos masculinos para demonstrar que não houve fraude. Mostrando que elas não foram registradas apenas para fazer conta da cota de gênero. Entretanto, a juíza do caso na época disse que não era caso de exclusão e que eles deveriam permanecer na chapa”, afirma o advogado.

Agora, em resposta ao Jornal Opção, Batista explica que dois candidatos excluídos foram ouvidos pela Justiça, o que comprovaria então que o partido não fez “simulação”.  “O PL fez sim uma readequação e não houve nenhuma fraude”, aponta.

O Jornal Opção tentou entrar em contato com a defesa do PSDB no caso da cassação de chapas, mas não houve resposta. O canal segue aberto.

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