Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) apresenta-se, nesta sexta-feira, 4, aos eleitores do Brasil como possível candidato a presidente da República pelo União Brasil. A eleição será realizada daqui a ano e seis meses. Salvador, primeira capital do país, foi escolhida para se apresentar aos eleitores nordestinos e, a rigor, a todos os brasileiros.
“Escolhi [Salvador] por vários motivos. Primeiro, porque Bruno Reis [prefeito de Salvador], quando deputado [estadual], me deu o título de cidadão. Segundo, vou receber aqui a honraria de 2 de Julho. Terceiro, que parte da minha família é baiana, a minha mulher [Gracinha Caiado] é de Feira de Santana e os familiares ainda continuam vivendo aqui em Feira”, sublinhou Ronaldo Caiado. Ele frisou que tem “uma identidade com a Bahia e os políticos baianos” (foi amigo de Antônio Carlos Magalhães, o ACM, e é amigo de ACM Neto).
As palavras acima foram ditas numa entrevista ao jornal baiano “A Tarde”, um dos mais importantes da Bahia e do Nordeste.
“Não sou um candidato do achismo”
Ronaldo Caiado destaca que vai andar pelo país para se tornar mais conhecido. Por sinal, como está se tornando mais conhecido — o Brasil é um país continental (cada Estado é praticamente um país: Goiás é maior do que Israel, Portugal e Coreia do Sul juntos) —, sobretudo pelos resultados de sua política de segurança pública, começa a aparecer mais bem ranqueado nas pesquisas de intenção de voto.
“O que eu preciso fazer é andar pelo Brasil e dizer: ‘Olha, eu não sou um candidato do achismo”, disse o governador goiano.
O foco de Ronaldo Caiado tanto na pré-campanha quanto na campanha será segurança e economia. “São os dois pilares que eu embasaria no primeiro ano de muito esforço em cima dessas duas áreas.”

A impressão que se tem é que, no momento, o governo Lula da Silva está ao deus-dará, com muita conversa e escasso planejamento. Faltam, sobretudo, resultados. É um governo do “vou fazer”, do “estou fazendo” e não do “já fiz”. “Um presidente da República precisa de um plano de gestão, de governo, uma equipe qualificada para poder ser responsável por cada ministério.” Ronaldo Caiado enfatiza: “Além do mais”, precisa “saber as prioridades que dará ao governo”.
Ronaldo Caiado destacou que não é “político de barra de saia”. “Eu estou com expectativa de poder vocalizar ao povo baiano e aos que estejam me assistindo um candidato que está apto a ser sabatinado pela população, a poder apresentar dados, debater todos os temas. Esse paternalismo político nunca foi condicionante na minha história de vida. Não sou político de barra de saia e nem de bolso de colete, sempre enfrentei minhas eleições com muita independência, não sou um candidato para falar como preposto de alguém e nem de ser encabrestado por ninguém.”
O governador não aceita ser tutelado. Não será o candidato “do” político tal. Será candidato “do” e “pelo” Brasil.
Há resistência à candidatura de Ronaldo Caiado no União Brasil? O governador enfatiza que o evento de Salvador foi feito de maneira combinada com a cúpula do UB. “Eu posso garantir que eu jamais na minha vida faria qualquer evento que antes não tivesse sido acertado e conversado com aqueles que representam o partido, que também são lideranças nacionais.”
Federação do União Brasil com o pP
O pP joga em dois campos: o do presidente Lula da Silva e o do bolsonarismo. Em 2026, a tendência é que fique com aquele que tiver mais bem ranqueado nas pesquisas de intenção de voto e, ao mesmo tempo, oferecer mais ganhos (políticos e outros).
Neste momento, fala-se em federação entre o pP “de” Ciro Nogueira e o União Brasil “de” Antônio Rueda. Ronaldo Caiado manifesta-se contrário à federação.
“É muito mesquinho destruir dois grandes partidos apenas com a visão de dificultar a minha campanha. Acho que realmente as pessoas ainda não acordaram, mas acho que a ficha está caindo, estão vendo que esta tentativa pode provocar consequência sérias”, prevê Ronaldo Caiado.
Na verdade, no lugar de fortalecer os dois partidos, a federação pode prejudicar a imagem do pP e do UB ante os eleitores. Porque fica parecendo que estão criando, não uma federação, e sim um balcão de negócios. (E.F.B.)
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