Goiânia inicia força-tarefa para combater focos do Aedes aegypti em imóveis abandonados

A Prefeitura de Goiânia deu início a uma força-tarefa para combater os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação concentra-se especialmente em imóveis fechados ou abandonados e teve início pela Região Noroeste, área com maior número de casos registrados na capital.

Com apoio de auditores da Vigilância Sanitária, agentes de combate a endemias, guardas civis e chaveiros, as equipes estão autorizadas a realizar vistorias compulsórias, quando necessário, para inspecionar imóveis onde há suspeita de criadouros do mosquito.

A medida é respaldada pela Lei Federal nº 13.301/2016, que permite o ingresso forçado de agentes de saúde em imóveis públicos ou privados nas situações de abandono, ausência de responsáveis ou recusa de acesso, desde que a ação seja essencial para conter surtos de doenças.

A SMS afirmou ao Jornal Opção que nos últimos 90 dias foram realizadas 925.821 visitas domiciliares. Desses atendimentos, 788.595 imóveis foram devidamente inspecionados e tratados. Em contrapartida, 145.530 casas estavam fechadas e 13.147 apresentaram focos do mosquito.

Nas 11 primeiras semanas de 2025, a cidade já registrou 5.712 casos confirmados da doença. O número, embora ainda abaixo do total registrado no ano passado, é considerado preocupante pelas autoridades de saúde.

O secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, ressaltou que o controle da doença depende da colaboração da população. Ele pediu à comunidade que dedique 10 minutos semanais para inspecionar suas casas e eliminar focos de água parada, que são os principais locais de reprodução do mosquito Aedes aegypti. “Embora a prefeitura esteja realizando diversas ações de prevenção, o apoio de cada cidadão é essencial para conter o avanço da dengue”, destacou o secretário.

Além dos 5.712 casos confirmados, Goiânia também registrou 291 casos com sinais de alarme e 22 casos graves da doença, anteriormente conhecida como dengue hemorrágica. Embora não haja óbitos confirmados pela doença neste ano, 15 mortes estão sendo investigadas pelas autoridades sanitárias. O cenário atual, segundo a SMS, é menos crítico em comparação ao ano passado, quando o município havia registrado 7.710 casos no mesmo período e dois óbitos confirmados.

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