Dólar sobe para R$ 5,99 com tensão entre EUA e China; Ibovespa recua com aversão ao risco

A cotação do dólar comercial voltou a disparar nesta terça-feira, 8, e fechou em R$ 5,99, após os Estados Unidos confirmarem uma nova tarifa de 50% sobre produtos importados da China. A medida acentuou o clima de tensão no mercado internacional, impactando diretamente o câmbio e os ativos de risco.

Com a nova sanção, a alíquota total aplicada pelos EUA contra produtos chineses atinge 104%, conforme comunicado oficial da Casa Branca. As tarifas adicionais entram em vigor nesta quarta-feira, 9, e reacendem os temores de uma escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O dólar atingiu o maior patamar desde 21 de janeiro de 2025, quando encerrou o dia cotado a R$ 6,0302. Nesta terça, a moeda norte-americana teve alta de 1,47%, fechando a R$ 5,9973, após alcançar R$ 6,0053 na máxima do dia.

Com esse desempenho, o dólar acumula +2,77% na semana, +5,11% em abril e -2,95% no ano. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), recuou 1,32%, fechando aos 123.932 pontos.

Durante o dia, chegou à mínima de 123.454 pontos, refletindo o aumento da aversão ao risco por parte dos investidores. Com isso, o Ibovespa apresenta -2,61% na semana, -4,86% no mês e +3,03% no ano.

Contexto

Na semana anterior, o presidente Donald Trump anunciou um “tarifaço” de 34% sobre produtos chineses. Em resposta, o governo da China retaliou com tarifas da mesma magnitude sobre produtos norte-americanos.

Trump, então, ameaçou aplicar novas taxas de 50% caso Pequim não voltasse atrás — o que não aconteceu até o prazo estabelecido, às 13h desta terça-feira. Durante a madrugada, autoridades chinesas reforçaram que não pretendem recuar e mantêm o compromisso de responder proporcionalmente a qualquer nova taxação, embora afirmem que “em uma guerra comercial, não há vencedores”.

Nas redes sociais, Trump declarou que “a China quer muito um acordo, mas não sabe por onde começar”, e afirmou estar esperando um contato do governo chinês. Segundo Kevin Hassett, assessor econômico da Casa Branca, os Estados Unidos pretendem priorizar negociações com parceiros estratégicos, como Japão e Coreia do Sul, para aliviar tensões comerciais.

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