Sem previsão de alta, Bolsonaro segue internado no RN e não deve ser transferido

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado no Hospital Rio Grande, em Natal (RN), onde médicos o mantêm sob observação contínua. Durante entrevista coletiva nesta sexta-feira, 12, a equipe médica confirmou que Bolsonaro não tem previsão de alta e descartou a possibilidade de transferência para São Paulo. A própria família do ex-presidente optou por mantê-lo na capital potiguar.

O cirurgião geral e oncológico Élio Barreto explicou que Bolsonaro continua estável e apresentou sinais de melhora. “Ele melhorou o humor e a distensão abdominal. Apesar disso, ainda precisamos observá-lo. Por isso, não há previsão de alta”, afirmou o médico.

A família e os profissionais de saúde decidiram em conjunto que o ex-presidente deve permanecer no hospital. “Ele tem condições de ser transferido, mas tanto a família quanto a equipe optaram por não removê-lo. Preferimos seguir o tratamento aqui mesmo”, completou Barreto.

Os médicos realizaram uma tomografia que identificou sinais de suboclusão intestinal — uma obstrução parcial que dificulta, mas não impede totalmente, a passagem de gases e fezes. Ainda segundo os especialistas, Bolsonaro chegou ao hospital sentindo fortes dores abdominais. A equipe iniciou imediatamente o tratamento clínico e reforçou o acompanhamento. “Ele não demonstra sinais de agravamento. Mesmo assim, vamos mantê-lo internado e avaliá-lo regularmente”, disse Barreto.

A equipe médica descartou, por enquanto, a necessidade de cirurgia. Os profissionais seguem acompanhando o quadro por meio de exames frequentes.

O início

O diretor-geral do Hospital Rio Grande, Luiz Roberto Fonseca, detalhou a origem da dor que levou Bolsonaro a buscar atendimento. Segundo ele, o ex-presidente relatou um desconforto “difuso”, sem ponto específico de dor. Fonseca destacou que esse tipo de relato, comum entre pacientes com histórico de cirurgias abdominais, acende um alerta para possíveis hérnias internas. “Essas hérnias podem causar rotações que prendem o intestino e aumentam a dor. No entanto, até agora, não encontramos evidências dessa complicação no caso de Bolsonaro”, esclareceu o diretor.

Bolsonaro começou a se sentir mal por volta das 5h da manhã, após uma noite mal dormida. Pessoas próximas informaram que ele acordou com desconforto abdominal durante uma viagem ao Nordeste, na cidade de Santa Cruz (RN), onde cumpria uma agenda política.

Mesmo com dores, Bolsonaro decidiu comparecer ao primeiro compromisso do dia. De acordo com o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, que acompanhava o ex-presidente, ele insistiu em manter a agenda. No entanto, entre o primeiro e o segundo evento, o mal-estar se intensificou e obrigou Bolsonaro a procurar atendimento médico.

Aliados próximos relataram que o ex-presidente chegou ao hospital com a barriga visivelmente inchada e relatou dores fortes. Pessoas do entorno de Bolsonaro associaram o episódio às sequelas do atentado a faca que ele sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.

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