A China ordenou que suas companhias aéreas não recebam mais jatos da empresa americana Boeing, em mais um episódio da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A nova ação é uma resposta ao aumento das tarifas sobre os produtos chineses, agora taxados em 145% pelos americanos.
A situação foi noticiada pela Bloomberg News nesta terça-feira, 15. A decisão caminha junto com o aumento da taxação sobre os produtos americanos por Pequim, uma resposta direta às crescentes tarifas americanas.
A reportagem aponta que Pequim solicitou que transportadoras chinesas suspendam compras de equipamentos e peças de aviões de empresas americanas. Essa ação deve aumentar os custos de manutenção das aeronaves do país.
Segundo a Bloomberg, o governo chinês ainda considera formas de auxiliar as companhias que alugam aviões da Boeing e tiveram os custos aumentados após o tarifaço. A Boeing não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.
As três principais companhias aéreas da China (Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines) planejavam receber 45, 53 e 81 aviões da Boeing, respectivamente, até 2027.
Aumento de tarifas
As tarifas americanas sobre os produtos chineses chegaram em 145% após um cabo de guerra entre os países. Desde fevereiro, os EUA intensifica a política tarifária contra a China. A tarifa original de 10% dobrou para 20% após a aplicação de uma sobretaxa ligada ao fentanil.
Depois que a China respondeu à situação, foram anunciadas “tarifas recíprocas” pelo governo americano. As taxas passaram para 54%, e depois para 104%. Depois que Pequim elevou as taxas sobre produtos americanos para 84%, o presidente Donald Trump determinou um aumento de 125% nas tarifas.
O movimento mais recente, com a elevação a 145%, confirma o acirramento da disputa e o endurecimento da postura dos EUA.
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