O CEO e fundador da Nvidia, Jensen Huang, fez uma rara aparição pública em Pequim, na China, nesta quinta-feira, 17, em meio às crescentes restrições impostas pelos Estados Unidos à venda de chips avançados ao país asiático.
A visita foi divulgada pelo perfil Yuyuan Tan Tian, associado à emissora estatal chinesa CCTV, na rede social Weibo. Huang está na capital chinesa a convite do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, órgão vinculado ao Ministério do Comércio.
Segundo a publicação, esta é a segunda visita de Huang à China em três meses. Em sua última passagem, ele havia reforçado o interesse da Nvidia em manter a cooperação com o mercado chinês, apesar das sanções comerciais dos EUA.
A visita ocorre em um momento crítico para a Nvidia. A empresa foi proibida de vender seus principais modelos de chips de inteligência artificial à China, devido a restrições implementadas durante o governo de Donald Trump e reforçadas sob a gestão de Joe Biden.
Na última terça-feira, 15, a Nvidia informou que precisará de uma licença especial para comercializar o modelo H20, desenvolvido especificamente para atender às exigências regulatórias dos EUA. As versões anteriores dos chips da empresa já haviam sido bloqueadas, sob alegações de riscos de uso militar e em supercomputadores chineses.
O impacto das sanções é significativo. A Nvidia estima uma perda de até US$ 5,5 bilhões em receita trimestral por conta do bloqueio. No último ano fiscal, o mercado chinês representou mais de 13% das vendas globais da empresa, totalizando cerca de US$ 17 bilhões. Após o anúncio das novas restrições, as ações da Nvidia registraram queda acentuada.
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