Heyler Leão: “Solução para ambulantes é a Praça do Trabalhador restaurada, com área de alimentação, playgrounds e banheiros”

Heyler Leão (PP) assumiu em 2025 seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Goiânia, mas já participa da administração pública há 27 anos. Funcionário público, foi militante político e fez campanhas de Sabrina Garcez, Leandro Vilela (MDB), Giuseppe Vecci (PSDB). É servidor de carreira da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e filho de servidor da Comurg.

Ligado à região Noroeste da capital, Heyler tem priorizado pautas como saúde mental nas escolas, atenção aos idosos e incentivo ao empreendedorismo jovem. Presidente da Comissão de Obras da Casa, ele tem atuado na fiscalização de contratos e obras paradas da gestão anterior, além de acompanhar de perto os debates sobre a Comurg, o Imas e a taxa do lixo. 

Nesta entrevista ao Jornal Opção, o vereador fala também sobre sua trajetória política, avalia os primeiros meses da gestão Sandro Mabel e comenta temas como articulação com o Executivo, ambulantes da Rua 44, emendas impositivas e eleições de 2026.

Ton Paulo — Como vereador de primeiro mandato, quais serão as principais pautas e bandeiras que o senhor defenderá na Câmara Municipal de Goiânia?

Tenho três principais bandeiras que defendi na campanha e que considero muito pertinentes. A primeira é a saúde mental nas escolas. Vivemos uma situação crítica, generalizada. Crianças e adolescentes estão perdidos, muitas vezes sem apoio adequado, e a maioria dos pais não sabe como lidar com esse cenário. Precisamos de uma nova abordagem educacional, com suporte emocional estruturado.

A segunda bandeira é voltada aos idosos. Defendo a criação de um centro de convivência e permanência para a terceira idade. Já conversei com o prefeito Sandro Mabel e ele se prontificou a colocar esse projeto em pauta.

A terceira pauta é o empreendedorismo jovem. Quero potencializar os pequenos negócios, oferecendo políticas públicas, incentivos fiscais e linhas de crédito que permitam a formação regionalizada de jovens empreendedores.

Vereador Heyler Leão em entrevista a Italo Wolff e Ton Paulo | Foto: Guilherme Alves/ Jornal Opção

Além dessas bandeiras, temos ações específicas para cada região da cidade. Na região Noroeste de Goiânia, por exemplo, há um potencial enorme para desenvolver o polo industrial têxtil, aproveitando a mão de obra jovem que hoje está à margem, muitas vezes sem oportunidade. Podemos dar formação e gerar emprego local.

Também quero atuar fortemente na infraestrutura. Uma das prioridades será a continuação do Anel Viário, que hoje está incompleto. Apenas um trecho foi executado, ligando a região Oeste à Sul, entre as indústrias Eternit e Arroz Cristal. É uma demanda antiga e já tratamos com o prefeito Sandro Mabel, que esteve no Ministério das Cidades em busca de recursos federais para viabilizar essa obra.

Outro projeto importante é a continuação da Avenida Goiás Norte, uma via estratégica para toda a cidade. A obra está parada no bairro Boa Vista, mas o projeto prevê que ela siga até a GO-070, resolvendo gargalos de mobilidade na região do Hugol e Castelo Branco.

Hoje, a cidade de Goianira está praticamente colada em Goiânia, e o fluxo de veículos nessa área é intenso. A finalização da Goiás Norte criará uma nova via de acesso ao centro, trazendo mais agilidade e impulsionando a economia local.

Ton Paulo — Quais projetos de lei o senhor já propôs?

Estou me preparando para apresentar alguns projetos e ideias que venho estudando com atenção. Uma das propostas em que estou trabalhando é relacionada à saúde mental nas escolas. Já conversei com o secretário de Saúde, doutor Luiz Pellizzer, para desenvolver um trabalho conjunto entre a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Educação.

Hoje, os Centros de Atenção Integrada à Saúde (CAIS) enfrentam uma demanda muito alta. E muitos pais não têm tempo ou estrutura para levar os filhos ao psicólogo e acompanhar o tratamento. Se o atendimento psicológico puder ocorrer diretamente nas escolas, dentro da legalidade, os profissionais poderão identificar problemas com antecedência e agir rapidamente. Assim, é possível orientar os pais ali mesmo, na escola, facilitando o acompanhamento e prevenindo situações mais graves.

Outra proposta que estou estudando é a criação de um Banco Municipal, inspirado no modelo da Goiás Fomento, para incentivar pequenos negócios na cidade. A ideia é oferecer linhas de crédito menores, específicas para microempreendedores.

“Quero atuar na infraestrutura, ajudando a concluir o Anel Viário e a Avenida Goiás Norte”, diz Heyler Leão | Foto: Guilherme Alves/ Jornal Opção

Já conversei com o prefeito Sandro Mabel sobre isso e pretendo apresentar um projeto completo. A proposta é que, antes da liberação do recurso, o município ofereça formação em finanças e tributação para os empreendedores. Mesmo com valores modestos, o projeto pode dar suporte e formação suficiente para que pequenos negócios se consolidem, gerando mais emprego e renda em Goiânia.

Italo Wolff — O senhor apresentou requerimentos de informação à Prefeitura. Quais foram os temas? Eles já foram respondidos?

Como presidente da Comissão de Obras da Câmara, apresentei diversos requerimentos. A maioria trata de contratos firmados na gestão passada, especialmente de empresas que iniciaram serviços, mas não deram continuidade. Também pedi informações sobre obras paradas, principalmente relacionadas a Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

A demanda por esses serviços é muito alta em Goiânia, e a população tem cobrado bastante. Entendo que, no início de gestão, a Prefeitura enfrenta dificuldades orçamentárias, já que recebeu um caixa praticamente zerado para investimentos. Mas minha função é justamente buscar esclarecimentos e acompanhar a retomada dessas obras.

É preciso entender o que falta para concluí-las — qual o valor restante para investimento, se a empresa contratada ainda será responsável ou se será necessário abrir nova licitação. Ter esse panorama completo é essencial para que as obras avancem, e minha responsabilidade como vereador é fazer essa cobrança.

Italo Wolff — A Prefeitura respondeu a esses questionamentos? Já se sabe quantas obras estão paradas?

Sim, parte dos requerimentos já foi respondida. O prefeito inclusive já havia iniciado alguns levantamentos antes mesmo dos pedidos formais. Outros ainda estão em fase de apuração.

Hoje temos mais de 50 obras municipais paradas em Goiânia, considerando tanto construções quanto reformas. A maior parte está ligada à rede de Cmeis e Cais. Também estamos acompanhando obras de infraestrutura, como a da Avenida Goiás Norte, que está na fase de projeto. Meu objetivo é trabalhar para que esses projetos saiam do papel e tragam melhorias concretas para a população.

Ton Paulo — A regulamentação das emendas impositivas passou por um imbróglio recentemente. Após a reunião entre os vereadores, a secretária municipal de Governo, Sabrina Garcez, e o presidente da Câmara, Romário Policarpo, a questão foi resolvida?

Eu estou chegando agora e, neste ano, ainda não tenho emendas. As minhas serão apresentadas neste ano para o orçamento do ano que vem. Mas entendo que a emenda impositiva é uma ferramenta extremamente importante.

Na minha região, por exemplo, poderia ser usada para concluir o CMEI do Bairro Floresta ou para construir uma pista de caminhada. As emendas aproximam os mandatos parlamentares da população e garantem mais independência em relação ao Executivo. Antes, quem não estava na base do prefeito acabava sem recursos e não conseguia dar retorno para a comunidade.

Claro que há pontos que precisam ser corrigidos, como a destinação de recursos para entidades que não têm estrutura para executar os projetos. Não adianta repassar valores altos se a entidade não consegue entregar o que promete.

Por outro lado, muitas entidades filantrópicas prestam um serviço melhor do que o próprio setor público. Essas precisam continuar recebendo apoio por meio das emendas. O que precisamos é de mais critérios e fiscalização, e não de paralisar os repasses.

Quanto à sua pergunta, se o impasse foi resolvido: ainda não está completamente definido, mas estamos trabalhando em regras equilibradas, que funcionem tanto para o Legislativo quanto para o Executivo.

Heyler Leão: “considero correta a postura do prefeito Sandro Mabel, que tem sido transparente ao mostrar passo a passo como os recursos estão sendo aplicados” | Foto: Guilherme Alves/ Jornal Opção

Italo Wolff — O senhor faz parte do bloco dos novatos, formado por Sanches da Federal (PP), Dr. Gustavo (Agir), William do Armazém (PRTB) e Denício Trindade (UB). Com exceção de Denício Trindade, que é o único com experiência anterior, o senhor é o “novato menos novato”, porque já foi assessor parlamentar e servidor público. 

Há muitos anos milito na política. Já passei por diversas pastas, dos órgãos estaduais e municipais. Sou servidor de carreira da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Meu pai foi servidor da Comurg. Então vivo a serviço público desde que nasci.

Italo Wolff — Como o senhor enxerga os problemas que a Comurg enfrentou e ainda enfrenta? Na sua opinião, qual seria a solução para a companhia?

Pela minha experiência, acredito que a Comurg é viável. Quando o prefeito Sandro Mabel disse que iria resgatar a companhia, eu fiquei muito animado, porque sempre vi a Comurg como uma empresa magnífica. O problema é que, historicamente, ela foi muito usada politicamente. Sempre esteve no centro de disputas e interesses, o que fez o serviço prestado cair de qualidade.

A verdade é que a Comurg tem servidores dedicados, principalmente os operacionais, como os garis, que vestem a camisa da empresa e têm orgulho do trabalho que realizam. Eles querem ver a companhia dar certo.

Hoje, parabenizo o prefeito Sandro Mabel por ter coragem de enfrentar esse desafio. Já podemos observar, em apenas três meses, uma redução significativa de gastos. É claro que ainda há muito a ser feito, mas estamos no caminho certo.

Um ponto crucial é que a Comurg nunca teve um plano de carreira. O gari, por exemplo, ganha um salário mínimo. O que melhora um pouco sua remuneração é o quinquênio — um adicional por tempo de serviço — que, na prática, acabou substituindo o que deveria ser um plano estruturado de progressão salarial.

Sem esse planejamento adequado, surgiram desigualdades. O quinquênio passou a ser calculado sobre todo o salário, e não apenas sobre o vencimento base, o que fez com que alguns servidores recebessem até o triplo. Isso gerou distorções e desgastou a imagem da empresa, principalmente com os salários elevados e os contratos mal geridos. Houve também um excesso de cargos comissionados.

Mas, em essência, a Comurg é uma empresa estratégica para Goiânia. No passado, ela não fazia apenas a parte de urbanização — assumia também várias funções que hoje pertencem à Secretaria de Infraestrutura. 

Heyler Leão: ” Quando o prefeito Sandro Mabel disse que iria resgatar a Comurg, fiquei muito animado, porque sempre vi a Comurg como uma empresa magnífica” | Foto: Guilherme Alves/ Jornal Opção

Ton Paulo — Recentemente, a Prefeitura fez um aporte de R$ 190 milhões para a reestruturação da Comurg. Há expectativa de que algo semelhante ocorra com o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas). Como o aporte da Comurg não passou pela Câmara, o do Imas pode seguir o mesmo caminho. Isso pode gerar atrito entre o Legislativo e o Paço?

Acredito que não. O prefeito apresentou aos vereadores o detalhamento desses repasses, com planilhas e gráficos explicando onde e como o dinheiro seria investido. A situação foi bem esclarecida, e todos os vereadores — tanto da base quanto da oposição — entenderam os motivos. Houve também explicações pontuais para cada questionamento levantado na ocasião. Então, esse episódio foi superado.

Acredito que com o Imas será da mesma forma. Não há outra saída — esses órgãos, que chegaram a uma situação crítica, precisam de investimento. Caso contrário, servidores da Prefeitura podem ficar sem atendimento médico porque o Imas não consegue pagar os prestadores. E quem sofre com isso são os próprios servidores, muitos dos quais recebem menos de R$ 3 mil por mês. Já vimos casos de pessoas com câncer ou outras doenças graves que não conseguiram atendimento por falta de repasse.

Por isso, considero correta a postura do prefeito Sandro Mabel, que tem sido transparente ao mostrar passo a passo como os recursos estão sendo aplicados. Isso ajuda a manter o diálogo com a Câmara e evita conflitos.

Ton Paulo — O senhor trabalhou no gabinete da então vereadora Sabrina Garcez, que hoje é secretária de Governo. Ela também tem atuado na articulação entre o Executivo e o Legislativo. Como o senhor avalia esse trabalho?

Eu e a Sabrina Garcez temos independência política. Ela é uma profissional muito capacitada, e acredito que o prefeito Sandro Mabel acertou ao indicá-la, porque ela conhece profundamente o funcionamento da Câmara Municipal de Goiânia. Tem bom senso para avaliar as situações caso a caso, sabe dialogar com os parlamentares e respeita a maioria dos vereadores. Isso tem feito diferença na articulação com o Legislativo.

Italo Wolff — Houve uma disputa eleitoral entre o senhor e Sabrina Garcez em 2024, quando o senhor decidiu se candidatar?

Não foi uma disputa. Foi um momento de decisão. Eu sempre atuei na política — participei de mandatos como o do Leonardo Vilela (MDB), coordenei campanha do Giuseppe Vecci (PSDB), estive com vários deputados e também coordenei campanhas da própria Sabrina. Mas chegou um ponto em que o meu grupo político me chamou para assumir esse novo desafio. Ser candidato foi uma escolha pessoal e estratégica, um passo natural na minha trajetória.

Italo Wolff — O tensionamento entre Paço e Câmara Municipal aumentou após a regulação das emendas impositivas e o repasse de R$ 190 milhões à Comurg sem passar pelo Legislativo. O senhor acredita que esse clima está sendo superado ou há risco de novas discordâncias?

Acredito que esse momento está ficando para trás. O prefeito Sandro Mabel tem muita habilidade. Ele é gestor, já foi deputado federal e conhece bem a linguagem de uma Câmara de Vereadores. É natural haver algum nível de insatisfação, mas essas questões estão sendo superadas aos poucos.

Estamos com apenas três meses de gestão, é muito cedo para um julgamento definitivo. A cidade estava tomada pela sujeira e isso está sendo resolvido. Na região noroeste, o programa Brilha Goiânia já está iluminando as ruas. No bairro Primavera, um dos mais afastados, ando todos os dias e ouço o retorno da população. Às vezes, a limpeza urbana esquece uma rua, mas basta acionar a Prefeitura e a resposta é imediata.

Essa é uma grande vantagem do governo do Sandro Mabel: está muito sincronizado. O secretariado quer trabalhar. Se eu ligar para um secretário agora, em 30 segundos ele responde. Nas gestões anteriores em que trabalhei, não era assim. Secretarias importantes, como a de Saúde, eram inacessíveis. Hoje, mesmo havendo divergências pontuais, há interesse em fazer a cidade funcionar — e isso me deixa muito satisfeito.

“Se forem usados da forma correta, não vejo motivo para descontentamento com novos auxílios a vereadores. Mas é preciso fiscalização”, diz Heyler Leão | Foto: Guilherme Alves/ Jornal Opção

Ton Paulo — Há um esforço atual para economizar e aumentar a arrecadação. Uma das medidas adotadas foi a taxa do lixo. Qual é a sua avaliação sobre a medida? Ela é realmente necessária?

Taxas são sempre impopulares, principalmente em um momento de crise econômica e inflação, como o que estamos vivendo. Mas é preciso reconhecer: se as finanças estão desorganizadas, é necessário criar receita ou renegociar prazos. Não há outro caminho — a gestão pública também tem um orçamento a cumprir.

É um remédio amargo. Ninguém gosta, mas quando erramos nas despesas, o preço vem. Eu não sou favorável a mais taxas, mas entendo que, neste momento, é preciso pagar esse preço para reorganizar as contas. Acredito que, com a capacidade de gestão atual, logo poderemos equilibrar a situação financeira e avançar para medidas de desoneração. Mas isso só será possível com responsabilidade fiscal. Não dá para aumentar os gastos sem ter orçamento.

Italo Wolff — O senhor esteve envolvido nos diálogos com os vendedores ambulantes da Rua 44. O que ficou acertado nas discussões entre os comerciantes e o poder público?

Atuamos com uma frente parlamentar formada por 11 vereadores. Nosso objetivo foi ouvir tanto os ambulantes da Rua 44, da Feira Hippie e da Feira da Madrugada, quanto os donos de lojas da região. Realizamos reuniões com os secretários das áreas envolvidas e promovemos uma audiência pública com o plenário da Câmara lotado.

Tentamos construir uma alternativa com a criação da Feira da Madrugada na Avenida Contorno, mas a maioria dos ambulantes não aceitou a proposta — queriam trabalhar durante o dia. Com isso, a solução se limitou à concessão de aluguel social em espaços de lojas e à autorização para atuação dos ambulantes dentro da Feira Hippie.

Solicitamos ao prefeito Sandro Mabel a reestruturação completa da Praça do Trabalhador, com melhorias como área de alimentação, playgrounds para crianças, banheiros e estacionamento para ônibus. Ali, cabem 2.600 pessoas. O prefeito sinalizou positivamente e disse que fará esse investimento. Essa, eu acredito, vai ser a grande solução para organizar os ambulantes e resolver o problema.

A maioria dos gestores anteriores apenas adiou essa questão. Já houve tentativa de alocar os ambulantes em espaços fixos na Feira da Madrugada, mas sem fiscalização efetiva, o problema se repetiu: os ambulantes retornaram e hoje disputam espaço com os lojistas. Sem fiscalização, qualquer solução é ilusória. Minha responsabilidade nesse processo foi deixar claro aos ambulantes quais são as alternativas reais: o aluguel social e a atuação organizada dentro da Feira Hippie.

Já destinaram espaços para ambulantes antes, mas, sem fiscalização, qualquer solução é ilusória

Ton Paulo — O senhor, como preside da Comissão de Obras e Patrimônio, tem de estar atento uma questão que há tempos é urgente em Goiânia e ainda tá em fase de andamento, que é a implementação do plano de drenagem. O plano foi encomendado pela Prefeitura de Goiânia foi formatado pelos pesquisadores da Universidade Federal de Goiás e não há prazo e previsto de implementação. Como tem acompanhado a questão?

Eu acredito que implementar o plano é extremamente prioritário. Já mandei para a Secretaria de Infraestrutura pedidos de informação sobre drenagem. Goiânia se viveu nesses últimos dias alagamento uma série de infortúnios devido falta de estrutura das redes pluviais. Em muitos bairros, as ruas não tem uma única boca de lobo para receber água da chuva. São obras que a maioria das pessoas não valoriza, porque não são visíveis, Se a drenagem for boa, ninguém percebe. 

Ton Paulo — Em 2026 teremos eleições para o governo do Estado. Como o senhor avalia o projeto do vice-governador Daniel Vilela (MDB), que deve concorrer ao Palácio das Esmeraldas?

O projeto do Daniel Vilela hoje é o mais viável. É o que tem mais musculatura política. Em relação ao meu partido, não posso afirmar ainda qual caminho será seguido, porque essa conversa ainda não aconteceu — nem em relação à eleição majoritária, nem sobre as proporcionais para deputado federal e estadual. Mas, sem dúvida, a candidatura do Daniel já nasce grande, com força e visibilidade.

Ton Paulo — E quanto à possibilidade do governador Ronaldo Caiado (UB) disputar a Presidência da República?

Também vejo com muita estrutura. Ele tem uma plataforma muito sólida, especialmente na área da segurança pública, que é um tema central no Brasil. Basta observar o que acontece em estados como Rio de Janeiro e São Paulo. A criminalidade está muito alta, e quem souber defender propostas firmes nessa área — além de apresentar soluções na economia — tende a sair na frente, independentemente de estar à direita ou à esquerda no espectro político.

Ton Paulo — Outro ponto que gerou polêmica na Câmara recentemente foi a aprovação de novos auxílios para os vereadores, entre eles o auxílio de representação. Mesmo sendo custeado com o duodécimo, a medida gerou certa incompreensão por parte da população. Como o senhor avalia o acréscimo desses benefícios à classe parlamentar?

Se forem usados da forma correta, não vejo motivo para descontentamento. O auxílio de representação, por exemplo, é uma indenização destinada a cobrir despesas de deslocamento e alimentação de quem exerce atividades ou participa de eventos relacionados ao mandato. Pode ser um recurso útil para ampliar o atendimento à população, como no caso da manutenção de um escritório político. O importante é que esse uso seja feito com responsabilidade. Por isso, a fiscalização é essencial — para garantir que os recursos estejam sendo aplicados da forma que a sociedade espera.

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