Com o falecimento do Papa Francisco, a Igreja Católica inicia o processo de escolha de seu novo líder através do conclave, uma assembleia do Colégio Cardinalício composta por cardeais com menos de 80 anos. A eleição do próximo pontífice ocorre em um contexto de desafios globais significativos, como mudanças climáticas, crises migratórias, conflitos armados e debates internos sobre o papel da Igreja na sociedade contemporânea.
O Brasil tem hoje 8 cardeais, sendo sete votantes no conclave, que escolhe o próximo papa, e apenas um sem voto. Cinco dos oito cardeais foram escolhidos pelo papa Francisco e três pelo papa Bento XVI. Os brasileiros no colégio de cardiais são: Raymundo Damasceno Assis (não votante), João Braz de Aviz (votante), Paulo Cezar Costa (votante), Sérgio da Rocha (votante), Odilo Pedro Scherer (votante), Jaime Spengler (votante), Leonardo Ulrich (votante) e Orani Joāo Tempesta (votante).
Pietro Parolin (Itália)

Atual Secretário de Estado do Vaticano, Parolin é reconhecido por sua habilidade diplomática, tendo desempenhado papéis importantes em negociações com países como China e Vietnã. Sua experiência e proximidade com o Papa Francisco o colocam como um dos principais candidatos ao papado.
Matteo Zuppi (Itália)

Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é conhecido por seu compromisso com questões sociais e diálogo inter-religioso. Sua atuação em missões de paz e proximidade com movimentos progressistas o destacam como um possível sucessor de Francisco.
Pierbattista Pizzaballa (Itália)

Patriarca Latino de Jerusalém, Pizzaballa tem se destacado por seu trabalho em prol do diálogo entre cristãos, judeus e muçulmanos no Oriente Médio. Sua experiência em uma região de conflitos o torna um candidato relevante para liderar a Igreja em tempos desafiadores.
Jean-Marc Aveline (França)

Aveline é conhecido por sua dedicação a questões de imigração e diálogo inter-religioso. Sua abordagem pastoral e alinhamento com as diretrizes de Francisco o colocam entre os favoritos para o papado.
Péter Erdő (Hungria)

Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Erdő é uma figura proeminente entre os cardeais conservadores. Sua sólida formação teológica e experiência na liderança da Igreja na Europa Central o tornam um candidato de destaque.
Luis Antonio Tagle (Filipinas)

Prefeito do Dicastério para a Evangelização, Tagle é visto como um dos principais representantes da Igreja na Ásia. Seu carisma, compromisso com a justiça social e experiência missionária o tornam um forte candidato ao papado.
Robert Francis Prevost (Estados Unidos)

Prefeito do Dicastério para os Bispos, Prevost tem desempenhado um papel crucial na nomeação de bispos ao redor do mundo. Sua experiência administrativa e pastoral o colocam entre os possíveis sucessores de Francisco.
Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)

Arcebispo de Kinshasa, Ambongo é uma voz ativa em defesa da justiça social e paz na África. Sua experiência em contextos desafiadores e compromisso com os pobres o destacam como um possível sucessor de Francisco.
Leonardo Ulrich Steiner (Brasil)

Arcebispo de Manaus, Steiner é o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Seu trabalho em defesa da floresta e dos povos indígenas o torna um símbolo do compromisso da Igreja com a ecologia integral. É um padre progressista, defensor do pobres e do meio ambiente e que apoia a ordenação de mulheres como diáconas e a normalização da homossexualidade na igreja.
Nascido em 1950, em Forquilhinha, Santa Catarina, tem hoje 74 anos. Ele serviu como formador de seminário até 1986 e como mestre de noviços de 1986 a 1995. De 1995 a 2003, foi professor de filosofia e secretário na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma. Ao retornar ao Brasil em 2003, trabalhou como pastor assistente e professor de filosofia.
Sérgio da Rocha (Brasil)

Teólogo moral e ministro da juventude da ala moderadamente progressista da Igreja Católica, o padre Sérgio da Rocha surpreendeu ao subir rapidamente na hierarquia eclesiástica para se tornar cardeal em 2016. Nascido em São Paulo, foi ordenado sacerdote em 1984, aos 25 anos de idade.
Formado em Teologia pela Faculdade Teológica Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, tornou-se doutor em teologia moral pela Academia de Santo Afonso, em Roma.
A ascensão de Da Rocha na hierarquia da Igreja começou com sua nomeação como Bispo Auxiliar de Fortaleza em 2001. Posteriormente, foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Teresina em 2007 e sucedeu como Arcebispo de Teresina em 2008. Em 2011, o Papa Bento XVI o nomeou Arcebispo Metropolitano de Brasília.
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