O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adiantou para esta quinta-feira, 24, o pagamento da primeira parcela do 13º salário de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios. A antecipação da gratificação natalina de 2025 acontece em meio a uma crise. Na quarta-feira, 23, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram operação contra esquema de fraudes no Instituto.
Agora, a pedido do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e com autorização via decreto do presidente Lula da Silva (PT), cerca de 34,2 milhões de pessoas receberão adiantamento do 13º. A medida vai injetar aproximadamente R$ 73,3 bilhões na economia — a primeira parcela será paga entre 24 de abril e 8 de maio, e a segunda, entre 26 de maio e 6 de junho.
O adiantamento ocorre em meio a investigações de associações que cobravam mensalidades irregulares de aposentados e pensionistas do INSS, sem a autorização deles. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões. Ao todo, 11 entidades foram alvos de medidas judiciais.
Segundo Vinícius de Carvalho, ministro da Controladoria Geral da União (CGU), os contratos de aposentados e pensionistas com essas entidades foram suspensos. Uma das entidades é o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), que tem como vice-presidente o irmão do presidente Lula, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico. O caso provocou a demissão do presidente INSS, Alessandro Stefanutto, que é filiado ao PDT e foi indicado, em julho de 2023, pelo ministro Carlos Lupi.
Para conter a crise, o presidente tem tomado medidas junto a sua equipe de comunicação. Na quarta-feira, 23, Lula convocou para uma reunião os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski; da CGU, Vinicius Marques de Carvalho; da Previdência, Carlos Lupi; e o superintendente da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; e de Comunicação, Sidônio Palmeira.
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